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Yoon comparece na audiência sobre a prorrogação da sua detenção

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  • Luanda • Sábado, 18 Janeiro de 2025 | 16h35
Bandeira da Coreia do Sul
Bandeira da Coreia do Sul
Divulgação

Seul - O Presidente suspenso da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, compareceu este sábado na audiência sobre o pedido de prorrogação da sua detenção, informou o tribunal de Seul onde decorre o processo.

Segundo a agência noticiosa Yonhap, Yoon falou durante 40 minutos no tribunal, tendo o seu advogado dito anteriormente à AFP que o líder deposto esperava "restaurar a sua honra" perante os juízes.

O tribunal deve agora decidir se liberta Yoon, o que os analistas consideram pouco provável, ou se prolonga a sua detenção por cerca de 20 dias. A decisão deverá ser tomada entre hoje e domingo.

No exterior do tribunal, os jornalistas da AFP viram uma multidão de apoiantes de Yoon a agitar bandeiras e a segurar cartazes nos quais se lia "libertem o presidente". Segundo a polícia, citada pela Yonhap, havia cerca de 12.000 apoiantes.

O líder conservador chegou ao tribunal, vindo do centro de detenção onde esteve desde quarta-feira após ser detido, numa carrinha azul do Ministério da Justiça, observaram os jornalistas da AFP.

Vários dos seus apoiantes tentaram cercar o veículo quando este chegou. Desde sexta-feira, numerosos apoiantes têm-se reunido à porta do tribunal para fazer pressão a favor do seu líder.

Na sexta-feira, Yoon enviou uma carta através dos seus advogados agradecendo aos seus apoiantes, que incluem cristãos evangélicos e 'youtubers' de direita, pelas suas manifestações, sublinhando o seu "patriotismo apaixonado".

Vários manifestantes gritaram "Nós amamos-te, Presidente Yoon Suk Yeol" e "o impeachment é inválido".

Em seguida, marcharam, agitando bandeiras sul-coreanas e norte-americanas, e ocuparam as principais ruas em frente ao tribunal.

O partido de Yoon apoia geralmente a aliança de segurança dos EUA com a Coreia do Sul e rejeita qualquer compromisso com a Coreia do Norte, que possui armas nucleares.

"A probabilidade de o tribunal aprovar a detenção é muito elevada e, consciente deste facto, Yoon apelou à mobilização máxima da sua linha dura", disse à AFP Chae Jin-won, do Humanitas College da Universidade Kyung Hee.

"As manifestações de hoje, na sua opinião, são uma espécie de despedida entre Yoon e a sua base de apoio extrema".

Uma decisão do tribunal que aprovasse a continuação da detenção de Yoon daria tempo aos procuradores para formalizarem uma acusação de insurreição, uma acusação pela qual poderia ser preso para toda a vida ou executado se fosse condenado.

Tal acusação significaria também que Yoon ficaria provavelmente detido durante o seu julgamento.

"Uma vez emitido o mandado de captura, (Yoon) não vai poder, provavelmente, regressar a casa durante um longo período de tempo", declarou à AFP o analista político Park Sang-byung.

Yoon é acusado de desestabilizar o país, quando, surpreendentemente, declarou a lei marcial a 3 de Dezembro, uma decisão rapidamente contrariada pelos deputados num parlamento rodeado de soldados.

O presidente justificou a introdução da lei marcial como uma medida para proteger a Coreia do Sul das "forças comunistas norte-coreanas" e para "eliminar elementos hostis ao Estado".

Yoon foi detido na quarta-feira, na sequência de um assalto de seis horas dos investigadores anticorrupção e da polícia à sua residência oficial, facto inédito na Coreia do Sul para um chefe de Estado em funções.

Nessa data declarou que tinha concordado em abandonar o seu complexo para evitar "derramamento de sangue", mas que não aceitava a legalidade da investigação.

As autoridades puderam deter Yoon durante 48 horas ao abrigo do mandado de captura aquando da sua operação de detenção. Na sexta-feira, foi solicitada uma prorrogação do prazo de detenção, a fim de o manter sob custódia durante mais tempo.

A Assembleia Nacional adotou em 14 de Dezembro uma moção de impugnação contra Yoon que levou à sua suspensão.

No entanto, continua a ser oficialmente Presidente, sendo que só o Tribunal Constitucional tem poder para o destituir do seu título.

Neste processo paralelo às investigações em curso, o tribunal tem até meados de Junho para o destituir definitivamente ou decidir reintegrá-lo.AM

 

 

 





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