Beijing - Presidente da China, Xi Jinping, reuniu-se com os seus homólogos da Nigéria, Guiné-Conakry, Togo, Malawi, Tchad e Quénia, um país que enfrenta uma enorme dívida, segundo a AFP.
A China tem sido o maior parceiro comercial de África nos últimos 15 anos, com volumes que atingem um recorde de 282,1 mil milhões de dólares (1 USD equivale a Kz 913.00) em 2023.
No entanto, algumas vozes também criticaram a estratégia de "armadilha da dívida" da China no continente, devido à alegada utilização estratégica da dívida para tornar os países africanos cativos dos desejos e exigências de Beijing.
No ano passado, o chefe de Estado queniano, William Ruto, reconheceu que os empréstimos existentes com o gigante asiático ascendiam a cerca de 6,3 mil milhões de dólares (5,71 mil milhões de euros).
Depois do Banco Mundial, a China é o segundo maior credor estrangeiro do Quénia, onde o antigo Presidente Uhuru Kenyatta (2013-2022) recorreu repetidamente a empréstimos de Beijing para financiar grandes infra-estruturas.
Pelo menos 50 chefes de Estado e de Governo africanos são esperados até ao final da semana na capital chinesa para participar no fórum, um mecanismo de diálogo China-África lançado em Beijing em 2000 e que este ano terá como tema "dar as mãos para promover a modernização" entre as duas partes, com esta edição a decorrer de quarta-feira a sexta-feira.
Desde 2000, o Fórum de Cooperação China-África tem crescido em importância, tornando-se um evento prioritário que acolhe delegações de alto nível de todos os países africanos, com excepção de Esuatini (antiga Suazilândia), que tem laços com Taiwan e não com a China.
O défice comercial de África com a China aumentou no ano passado para 64 mil milhões de dólares (57,98 mil milhões de euros), embora a diferença tenha diminuído no primeiro semestre de 2024 graças ao crescimento das suas importações de África. GAR