Budapeste - O Presidente chinês Xi Jinping deixou sexta-feira Budapeste, onde completou a sua primeira viagem à Europa desde 2019 que durou cinco dias e que incluiu paragens em França e na Sérvia.
Xi Jinping chegou a Paris no domingo, onde foi recebido com pompa e manteve um diálogo com o Presidente francês Emmanuel Macron sobre disputas comerciais e até sobre os laços Pequim-Moscovo, vistos com apreensão pelos ocidentais, num contexto de guerra na Ucrânia.
Situação diferente foram as viagens a Belgrado e Budapeste, países amigos de Beijing e que permanecem próximos de Moscovo.
Na Sérvia, candidata à União Europeia (UE), as duas nações assinaram um acordo para construir um "futuro partilhado".
Já na Hungria, a capital foi colocada sob alta segurança e os meios de comunicação social foram completamente mantidos afastados dos acontecimentos. O programa da visita nem sequer foi divulgado, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Xi Jinping manteve inúmeras conversas com o primeiro-ministro Viktor Orban, um nacionalista habituado a impasses com Bruxelas.
Em referência às relações diplomáticas "no seu auge" em 75 anos de história, o líder chinês anunciou o reforço da já florescente "parceria estratégica" com o país da Europa Central.
Xi Jinping apelou à Hungria, que presidirá a UE no segundo semestre do ano, a desempenhar "um papel mais importante" no desenvolvimento da cooperação entre a China e o bloco comunitário.
No total, foram divulgados 18 acordos comerciais, desde ligações ferroviárias ao sector nuclear, além de fábricas de baterias e carros eléctricos que vão surgir por todo o solo húngaro. JM