Pesquisando. PF Aguarde 👍🏽 ...

Venezuela vai rever relação com G7 após reconhecimento da vitória da oposição

     Mundo              
  • Luanda • Quarta, 27 Novembro de 2024 | 10h54
Mapa da fronteira entre a Venezuela e a Calômbia
Mapa da fronteira entre a Venezuela e a Calômbia
Divulgação

Caracas - O Governo venezuelano anunciou hoje que vai rever as relações com a Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, os países que compõe o G7, após o reconhecimento do bloco da vitória da oposição nas presidenciais, noticiou o site Notícias ao Minuto.

O anúncio de Caracas acontece após o bloco das sete maiores economias mundiais (mais a União Europeia) ter manifestado "profunda preocupação" com as "contínuas violações e abusos dos direitos humanos" na Venezuela, ter reclamado a libertação de "todos os presos políticos injustamente detidos" e de ter reconhecido o opositor Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais de 28 de Julho.

"Advertimos os países do G7 que esta atitude arrogante e ingerente não passará sem contestação. A Venezuela procederá a uma revisão exaustiva das suas relações com cada um dos Governos que compõem este grupo, porque o respeito pela soberania nacional não é negociável", referiu o executivo venezuelano num comunicado.

No texto, Caracas condena "categoricamente o absurdo pronunciamento sobre o processo eleitoral e político venezuelano emitido pelo G7", argumentou que este grupo de potências "insiste em acreditar ser o árbitro da democracia global enquanto encobre os seus próprios fracassos políticos, económicos e morais, apoiando genocídios e estimulando a propagação da ideologia nazi e fascista na Europa e no mundo".

Para as autoridades da Venezuela "é irónico" que estes países, "que fizeram o maior estrondo do ridículo em 2019 ao reconhecerem um impostor como presidente interino", agora 

"finjam dar lições sobre vontade popular e processos eleitorais".

"Estão a tentar, a partir do complexo colonialista e imperialista, preparar o terreno para desrespeitar as instituições e as decisões do povo venezuelano" reforçou o Governo venezuelano, fazendo alusão aos acontecimentos ocorridos em Janeiro de 2019, quando o ex-presidente do parlamento, Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder.

Segundo Caracas, "a história já demonstrou que o povo bolivariano não aceitará mais tutelas".

"A Venezuela é livre e continuará a sê-lo, por muito que isso custe aos que não superaram os seus complexos imperiais", concluiu a nota oficial.

Reunidos entre segunda-feira e hoje em Itália, os chefes de diplomacia do G7 adoptaram uma declaração final, reservou a parte final do texto à situação de instabilidade na Venezuela na sequência das eleições presidenciais de Julho passado.

"Em 28 de Julho, o povo venezuelano fez uma escolha clara nas urnas, votou a favor da mudança democrática e apoiando Edmundo González Urrutia por uma maioria significativa, de acordo com os registos eleitorais publicamente disponíveis", apontaram os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7.

Afirmou que continuarão a "apoiar os esforços dos parceiros regionais para facilitar uma transição democrática e pacífica liderada pela Venezuela que garanta o respeito pela vontade dos eleitores", os países do G7 indicaram estar "profundamente preocupados com as contínuas violações e abusos dos direitos humanos, incluindo as detenções arbitrárias e as severas restrições às liberdades fundamentais, que visam em especial os opositores políticos, a sociedade civil e os meios de comunicação social independentes".

"Todos os presos políticos injustamente detidos devem ser libertados", frisaram ainda.

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de Julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que Urrutia obteve quase 70% dos votos.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

Entre os presos políticos detidos após as eleições conta-se um lusodescendente, Williams Dávila Barrios, cujo estado de saúde motiva preocupações, tendo levado a Organização de Estados Americanos (OEA) a pedir, no passado sábado, a libertação deste antigo governador de Mérida (Venezuela), para que possa ter assistência médica adequada.

Em 09 de Agosto, o Governo português já exigira às autoridades venezuelanas "a libertação imediata e incondicional de Williams Dávila Barrios", de 73 anos e com nacionalidade portuguesa. CQ/CS
 





Fotos em destaque

Presidente Joe Biden visita Angola na primeira semana de Dezembro

Presidente Joe Biden visita Angola na primeira semana de Dezembro

 Quinta, 21 Novembro de 2024 | 12h47

Angolana Maria do Rosário Lima designada embaixadora do G20 Social

Angolana Maria do Rosário Lima designada embaixadora do G20 Social

 Quinta, 21 Novembro de 2024 | 12h43

Início de voos de passageiros no AIAAN marca história da aviação civil  angolana

Início de voos de passageiros no AIAAN marca história da aviação civil angolana

 Quinta, 21 Novembro de 2024 | 12h36

Criadores do Sul de Angola asseguram 80% na redução da importação de carne

Criadores do Sul de Angola asseguram 80% na redução da importação de carne

 Quinta, 21 Novembro de 2024 | 12h32

Aviação Civil angolana premiada pela excelência no Egipto

Aviação Civil angolana premiada pela excelência no Egipto

 Quinta, 21 Novembro de 2024 | 12h24

Angola beneficia de mais de 100 milhões USD para combater alterações climáticas 

Angola beneficia de mais de 100 milhões USD para combater alterações climáticas 

 Quinta, 21 Novembro de 2024 | 12h14

Brasileiros admitem possibilidade de Angola ser celeiro mundial

Brasileiros admitem possibilidade de Angola ser celeiro mundial

 Quinta, 21 Novembro de 2024 | 12h06

Serviços Prisionais aumentam área de produção agrícola no Cunene

Serviços Prisionais aumentam área de produção agrícola no Cunene

 Quinta, 21 Novembro de 2024 | 11h57


Notícias de Interesse

A pesquisar. PF Aguarde 👍🏽 ...
+