Ursula von der Leyen congratula-se com Nobel para "luta" das iranianas

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  • Luanda • Sexta, 06 Outubro de 2023 | 13h27
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen
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Bruxelas - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, congratulou-se hoje com a atribuição do Nobel da Paz à iraniana Narges Mohammadi, por considerar que reconhece "a luta corajosa" das mulheres do Irão.

"O Prémio Nobel da Paz reconhece a luta corajosa e nobre das mulheres iranianas que desafiam a opressão", escreveu Ursula von der Leyen na rede social X (antigo Twitter).


A presidente da Comissão Europeia acrescentou que as iranianas "inspiram as mulheres de todo o mundo a defenderem a sua liberdade e os seus direitos".


"Nós estamos convosco. Pelas mulheres, pela vida e pela liberdade", escreveu Ursula von der Leyen, que está em Granada, no sul de Espanha, numa reunião informal do Conselho Europeu.

Por sua vez, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, felicitou hoje a activista e jornalista iraniana Narges Mohammadi, galardoada com o Prémio Nobel da Paz 2023, destacando a sua "bravura" na defesa dos direitos das mulheres no Irão.


"Felicito Narges Mohammadi por ganhar o Prémio Nobel da Paz de 2023. Tem sido corajosa na sua luta contra a opressão das mulheres", disse Stoltenberg na rede social X (antigo Twitter).


O político norueguês acrescentou que "os direitos humanos e a liberdade para todos são fundamentais para a paz".
O Prémio Nobel da Paz 2023 foi hoje atribuído à activista iraniana Narges Mohammadi pela sua "luta pelas mulheres do Irão contra a opressão", anunciou o Comité Nobel Norueguês.


Segundo o comité, a escolha desta activista, vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos, deveu-se também ao combate para "promover os direitos humanos e a liberdade de todos".


O prémio da paz deste ano pretende reconhecer "as centenas de milhares de pessoas que, no ano passado, se manifestaram contra as políticas de discriminação e opressão do regime teocrático do Irão contra as mulheres", explicou o comité norueguês.

"O lema adoptado pelos manifestantes - "Mulher-Vida-Liberdade" - expressa adequadamente a dedicação e o trabalho de Narges Mohammadi", referiu.


Narges Mohammadi, que está actualmente presa, foi elogiada ainda pela sua "corajosa luta pela liberdade de expressão e pelo direito à independência" que, como reconheceu o Comité do Nobel, "acarretou enormes custos pessoais".


O regime do Irão deteve esta activista dos direitos humanos 13 vezes, condenou-a cinco vezes e sentenciou-a a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas.


"O comité do Nobel espera que o Irão liberte a activista iraniana de direitos humanos Narges Mohammadi, vencedora do Prémio Nobel da Paz de 2023, para receber o seu prémio em Dezembro", disse a presidente do Comité Norueguês, Berit Reiss-Andersen, que anunciou o prémio em Oslo.


Em Novembro de 2021, Narges Mohammadi foi presa pelas autoridades iranianas depois de ter estado num evento em memória de uma vítima das manifestações de 2019.


Em Maio do ano passado, a União Europeia apelou ao Irão para reconsiderar a sentença aplicada a Narges Mohammadi, mas sem sucesso.


Em 2018, Mohammadi, que é engenheira, foi galardoada com o prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, atribuído pelo Parlamento Europeu.


Esta é a 19ª mulher a ganhar o Prémio Nobel da Paz e a segunda iraniana, depois de a ativista de direitos humanos Shirin Ebadi ter recebido o Nobel em 2003.


O Irão viu desenvolver-se, no ano passado, a reivindicação pelos direitos das mulheres, sobretudo depois da morte de uma jovem curda que estava detida pela polícia, Mahsa Amini, de 22 anos.


Masha Amini morreu depois de ter passado três dias sob custódia da polícia, por alegado uso indevido do 'hijab', o véu islâmico, o que constitui uma "violação" ao código de vestuário do país imposto às mulheres.


As primeiras manifestações eclodiram nas localidades curdas do noroeste, em particular em Saghez, cidade natal de Amini, e os protestos generalizaram-se a outras cidades.


A repressão das manifestações foi violenta, tendo causado pelo menos 448 mortes de civis, segundo a organização não-governamental Iran Human Rights, com sede em Oslo.


Cerca de 15 mil pessoas foram presas nas manifestações, duas mil das quais acusadas de vários delitos por participação nos protestos, e pelo menos seis foram condenadas à morte.CS





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