Atenas - Um dos chefes da estação de comboios de Larissa, suspeito de causar o pior acidente ferroviário da Grécia, saiu segunda-feira em liberdade condicional após pagar uma fiança, anunciou o advogado citado hoje pela agência Reuters.
Os dois comboio que colidiram, mataram pelo menos 57 pessoas em Fevereiro.
O homem, cujo nome não foi divulgado, é acusado de "homicídio negligente" e arrisca uma sentença de prisão perpétua, tendo pago hoje 10 mil euros (1 euro equivale em Kz 544,307) e saído em liberdade, apresentando-se à polícia duas vezes por mês, precisou o jornalista Me Sotiria Hatzidimitriou, na cidade de Larissa.
Os investigadores tentam apurar se o suspeito abandonou o posto mais cedo, deixando sozinho um chefe de estação menos experiente, no dia 28 de Fevereiro passado, após um feriado, uma das noites mais movimentadas do ano na Grécia em termos de tráfego ferroviário.
Vassilis Samaras, o chefe da estação acusado de ter cometido o erro fatal que levou ao acidente, assumiu a responsabilidade.
Um comboio de passageiros e um de carga, que circulavam na mesma linha durante vários quilómetros, colidiram frontalmente em Tempé, perto da cidade de Larissa.
Colocado em prisão preventiva, as mesmas acusações foram feitas contra ele.
Um terceiro chefe de estação e um supervisor também foram acusados e devem ser ouvidos pelo juiz esta semana.
O regulador ferroviário grego, em meados deste mês, denunciou "deficiências graves" na segurança da rede ferroviária do país, em particular na formação "inadequada" de pessoal como os chefes de estação.CNB/GAR