Bruxelas - O alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, lembrou hoje, véspera do Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, os jornalistas assassinados desde 2020 e manifestou especial preocupação com a violência contra as mulheres na profissão.
Em representação da UE, Borrell indicou que, segundo o observatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), desde 2020 foram assassinados 76 jornalistas em todo o mundo e "muitos outros foram presos, perseguidos ou ameaçados".
Referiu igualmente que "é especialmente preocupante a violência de género contra as mulheres jornalistas".
O alto representante da UE defendeu que "a liberdade de imprensa significa segurança para todos", definindo-a como "a pedra angular das sociedades democráticas, que só podem prosperar se os cidadãos tiverem acesso a informação fiável e puderem tomar decisões fundadas".
Borrell disse também que a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão devem ser promovidas e protegidas "em todo o lado" e garantiu que "a UE está disposta a fazer mais" para o conseguir.
"A UE continuará a manifestar-se contra qualquer restrição à liberdade de expressão e à censura, tanto 'online' como 'offline'", afirmou o ex-ministro espanhol que, a este respeito, assegurou que mais de 400 jornalistas beneficiaram em 2020 do fundo europeu para proteger os defensores dos direitos humanos.
O alto representante para a Política Externa referiu ainda que a UE vai continuar a agir contra a desinformação e a procurar formas de apoiar comercialmente os meios de comunicação independentes.