UE responsabiliza regime russo por "morte trágica" de Navalny

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  • Luanda • Sexta, 16 Fevereiro de 2024 | 14h12
Bandeira da União Europeia
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Bruxelas - O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse hoje que a União Europeia (UE) considera que o regime russo é o "único responsável pela morte trágica" do opositor russo Alexei Navalny, ainda não confirmada pela sua porta-voz.

"Alexei Navalny lutou pelos valores da liberdade e da democracia e, pelos seus ideais, fez o derradeiro sacrifício. A UE considera o regime russo o único responsável por esta morte trágica", escreveu Charles Michel, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

Apesar de a porta-voz de Alexei Navalny ter indicado não ter qualquer confirmação sobre a morte do opositor russo que foi noticiada pela agência russa TASS.

O presidente do Conselho Europeu apresentou as suas "mais sinceras condolências" à família do também activista e "a todos aqueles que lutam pela democracia em todo o mundo nas condições mais sombrias".

"Os combatentes morrem, mas a luta pela liberdade nunca acaba", frisou o responsável.

O líder da oposição russa, Alexei Navalny, morreu hoje na prisão, noticiou a agência russa TASS.

Os Serviços Prisionais Federais (FSIN) informaram num comunicado que Navalny se sentiu mal após uma caminhada e perdeu a consciência.

"Em 16 de Fevereiro de 2024, no centro penitenciário n.º 3, o prisioneiro Navalny A.A. sentiu-se mal depois de uma caminhada", disse o serviço federal prisional.

Uma ambulância chegou para tentar reanimá-lo, mas Navalny morreu, acrescentou a mesma fonte.

Não houve confirmação imediata da morte de Navalny por parte da sua equipa.

"As causas da morte estão a ser apuradas", acrescentou o FSIN da região ártica de Yamal-Nenets, onde se situa a colónia penal onde Navalny cumpria uma pena de 19 anos de prisão.

Alexei Anatolievitch Navalny, 47 anos, era o principal opositor do regime do Presidente russo, Vladimir Putin.

Entretanto, a França considerou hoje que o opositor russo Alexei Navalny "pagou com a vida" a resistência a "um sistema de opressão", segundo o chefe da diplomacia francesa.

"A sua morte numa colónia penal recorda-nos a realidade do regime de Vladimir Putin", escreveu Stéphane Séjourné nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.

"À sua família, aos seus entes queridos e ao povo russo, a França apresenta as suas condolências", acrescentou.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg lamentou, esta sexta-feira, a morte de Alexei Navalny, o principal opositor do regime russo. 

"Hoje os meus pensamentos estão com a sua família e os seus amigos", começou por referir em declarações aos jornalistas, na Alemanha, descrevendo Alexei Navalny como um "homem que lutou pela democracia e pela liberdade" na Rússia "durante tantos anos."

"É importante apurar todos os factos. O que sabemos é que a Rússia tem exercido um poder cada vez mais totalitário contra os opositores de Putin", acrescentou.

Questionado sobre o facto de as eleições presidenciais russas estarem próximas e se poderia haver alguma relação com a morte de Navalny, Stoltenberg afirmou não querer "especular" e pediu "à Rússia que todos os factos sejam determinados e que todas as perguntas sejam respondidas".

As causas da morte de Navalny estão a ser apuradas. De acordo com a imprensa estatal russa, o Kremlin (Presidência) confirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, já foi informado.

O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, disse ainda que são desconhecidas as causas da morte.

"Os médicos têm de esclarecer", disse Peskov, citado pela agência TASS, depois dos serviços prisionais confirmarem a morte do conhecido opositor. GAR



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