Bruxelas - Os Estados membros da União Europeia (UE) expressaram esta quinta-feira solidariedade ao povo turco após o devastador terramoto que atingiu o país, bem como a Síria, e ofereceram-se para aumentar a ajuda "em estreita coordenação" com Ancara.
"A UE e os seus membros estão totalmente solidários com os povos turco e sírio face a esta tragédia. (...) Estamos dispostos a intensificar o nosso apoio em estreita coordenação com as autoridades turcas", lê-se numa carta enviada pelos 27 ao Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
O conteúdo da missiva foi anunciado após o início da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, em que os líderes europeus observaram um minuto de silêncio em memória das vítimas dos violentos e mortíferos sismos registados segunda-feira e que afectaram o sul da Turquia e o norte e noroeste da Síria.
A UE enviou 500 unidades prefabricadas de alojamento temporário, duas mil tendas e 10.500 camas para a Turquia, no valor de cinco milhões de euros, e começou a ajudar a Síria após o sismo de segunda-feira.
Os dados do auxílio prestado através do Mecanismo Europeu de Protecção Civil, hoje actualizados pela Comissão Europeia, indicam ainda que os prefabricados, desenhados para prestar abrigo de emergência durante períodos mais longos, podem alojar cinco pessoas cada, as tendas quatro.
Esta ajuda logística à Turquia está avaliada em cinco milhões de euros.
Para a Síria, após o pedido feito por Damasco, está a ser canalizada ajuda para chegar o mais rapidamente possível, nomeadamente tendas, colchões, sacos-cama, alimentos e roupa de inverno, enviadas pela Itália e a Roménia.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) pediu também hoje assistência às vítimas na Síria através do mecanismo de protecção civil.
Segundo os dados mais recentes, os terramotos, o primeiro com uma magnitude de 7,8 na escala aberta de Richter, e o segundo com 7,5, provocaram pelo menos 17.513 - 14.351 na Turquia, segundo o vice-presidente turco Fuat Otkay, e 3.162 na Síria, de acordo com relatórios oficiais.
Por outro lado, e segundo a agência de notação financeira Fitch, as perdas económicas provocadas pelos sismos "deverão ultrapassar os 2.000 milhões de dólares e atingir os 4.000 milhões (de 1.860 milhões a 3.720 milhões de euros)".