UE classifica exílio de González "dia triste para a democracia"

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  • Luanda • Domingo, 08 Setembro de 2024 | 18h22
Alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell
Alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell
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Bruxelas - O alto representante da União Europeia para os Assuntos Externos, Josep Borrell, disse que hoje "é um dia triste para a democracia", após ser confirmado o exílio do candidato presidencial venezuelano Edmundo González em Espanha.

"Hoje é um dia triste para a democracia na Venezuela", lamentou Josep Borrell numa declaração citada pela agência EFE relativamente ao exílio em Espanha de Edmundo González Urrutia devido à "repressão, perseguição política e ameaças directas contra a sua segurança e liberdade". 

O opositor venezuelano ao actual presidente Nicolás Maduro viaja hoje num avião da Força Aérea espanhola para Espanha, onde o Governo de Madrid lhe concederá asilo político.

"O líder político e candidato presidencial Edmundo Gonzáles teve que pedir asilo político e socorrer-se da protecção oferecida por Espanha", lamentou o responsável da UE.

O chefe da diplomacia europeia recordou que "Edmundo González, de acordo com as cópias das atas publicamente disponíveis, seria o candidato presidencial vencedor das eleições, por uma maioria ampla".

"Numa democracia, nenhum líder político deve ver-se forçado a procurar asilo noutro país", sublinhou Josep Borrell.

O alto representante da UE para Assuntos Externos e Política de Segurança exigiu às autoridades venezuelanas, em nome da UE, "pôr fim à repressão, às detenções arbitrárias e ao instigamento contra os membros da oposição e da sociedade civil, assim como libertar todos os presos políticos".

A UE continuará a apoiar o povo venezuelano na sua aspiração democrática, concluiu.

A Espanha concederá "naturalmente" o asilo político ao candidato da oposição às eleições presidenciais da Venezuela Edmundo González Urrutia, afirmou hoje o chefe da diplomacia de Madrid, José Manuel Albares, à televisão espanhola.

O político venezuelano Edmundo González Urrutia, que a oposição diz ter vencido as presidenciais de 28 de Julho, deixou na noite de sábado a Venezuela em direcção a Espanha, anunciou a vice-presidente do país, Delcy Rodríguez.

A responsável explicou que, "após os contactos pertinentes entre ambos os governos, cumpridas as diligências necessárias e em conformidade com o Direito internacional, a Venezuela concedeu os salvo-condutos necessários, no interesse da paz e da tranquilidade política do país".

"Esta conduta reafirma o respeito pelo Direito que tem prevalecido nas acções da República Bolivariana da Venezuela perante a comunidade internacional", sublinhou, precisando que, nas próximas horas, dará mais informações.

Antigo embaixador da Venezuela na Argentina e na Argélia, Edmundo González Urrutia, 75 anos, aceitou ser candidato nas presidenciais de 28 de Julho de 2024, em substituição da líder opositora María Corina Machado, desqualificada pelas autoridades e impossibilitada de exercer cargos públicos durante 15 anos.

Em 03 de Setembro, um tribunal venezuelano especializado em crimes relacionados com terrorismo emitiu um mandado de prisão para González Urrutia.

A vitória do actual Presidente foi questionada por vários países, alguns dos quais apoiam a afirmação de que González Urrutia ganhou a liderança do país.

Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

O regime de Caracas diz estar em curso um golpe de Estado, mantendo polícias e militares nas ruas, para controlar os manifestantes, e pediu à população que, de maneira anónima e através da aplicação VenAPP, denuncie quem promove os protestos. CQ/GAR





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