Ankara - A mulher turca que é considerada a mais alta do mundo pelo Guinness World Records, o famoso livro dos recordes, agora tem mais três marcas na publicação, noticia hoje, quinta-feira, a UOL de São Paulo, do Brasil.
Rumeysa Gelgi, 25 anos de idade, ganhou reconhecimento pela sua altura de 2,15 m em Outubro de 2021, e ela foi confirmada, segundo a organização, como a mulher com maiores medidas de mãos, dedos e costas do mundo.
Agora, aparece também outras listas, sempre entre as mulheres: os dedos mais longos para uma pessoa viva, com 11,2 cm; as maiores mãos - 24,26 cm na esquerda e 24,93 cm na direita -; e as costas mais largas, com 59,90 cm, segundo o Guinness World Records.
Segundo a revista, as medidas fora do comum da jovem turca se devem a uma condição chamada síndrome de Weaver, uma rara mutação genética que provoca crescimento excessivo e avanço na idade óssea, que pode se manifestar no crânio, na estrutura facial.
E ainda nos outros membros do corpo, além de estimular anomalias neurológicas.
Estima-se que essa condição começa apresentar os seus sinais logo na infância.
Em alguns casos, as crianças podem ter deformidades nas articulações e na coluna, assim como pele flácida e músculos frágeis.
Em razão dessas questões, muitos portadores da síndrome de Weaver podem ter mobilidade limitada, dificuldades para comer ou respirar e instabilidades ao caminhar.
No caso de Rumeysa Gelgi, a sua altura e condição a deixaram fisicamente vulnerável. Ela depende de uma cadeira de rodas na maior parte do tempo, embora possa usar um andador também para se mover com segurança por curtos períodos.
Mesmo com tantas limitações, ela consegue praticar actividades físicas como natação e participar de outros programas de lazer.
Muitos especialistas acreditam que a síndrome seja hereditária. No entanto, os pais e irmãos de Rumeysa possuem estatura próxima da média mundial.
A jovem dedica boa parte do seu tempo como embaixadora da positividade cultural em suas redes sociais, onde defende a diversidade e o respeito a pessoas com raras condições médicas ou físicas, além de pesquisas e iniciativas de especialistas para tratar esses casos.
"Eu nasci com extrema singularidade física e queria ter o máximo dos meus membros enormes reconhecidos e celebrados, esperando inspirar e encorajar outras pessoas com diferenças visíveis a fazer a mesma coisa e serem elas mesmas", escreveu Rumeysa no Instagram.
Conseguir vários títulos se tornar parte da jornada de Rumsysa e a ajuda a conquistar a auto-estima necessária para perseguir os seus sonhos, independentemente das suas limitações físicas e da desinformação das pessoas.
Nas redes sociais, ela compartilha frequentemente conteúdos que têm como finalidade educar os internautas e incentivar uma consciencialização a respeito das pluralidades de formatos de corpos e condições de saúde.
"Eu gosto de ser diferente de todos os outros. Isso também me dá acesso fácil a lugares altos, e olhar para as pessoas de cima também não é uma coisa ruim", brincou.
Explica que conseguiu só superar as dificuldades a partir do momento em que passou a lidar com elas por meio de uma nova perspectiva. "Toda desvantagem pode ser transformada em vantagem para você, então aceite-se por quem você é, esteja ciente do seu potencial e faça o seu melhor".