Washington - O Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que reclassifica os rebeldes hutis do Iémen como uma "organização terrorista estrangeira", anunciou esta quarta-feira a Casa Branca, noticiou o site Notícias ao Minutos.
O antigo Presidente democrata Joe Biden retirou esta classificação pouco depois da sua eleição em 2020 e depois, há um ano, classificou os hutis como uma entidade "terrorista global", uma categoria ligeiramente menos severa justificada na altura pelo desejo de manter o fluxo de ajuda humanitária a este país devastado pela guerra.
As actividades dos hutis, um grupo apoiado pelo Irão, "ameaçam a segurança dos civis e militares americanos no Médio Oriente, a segurança dos nossos parceiros regionais mais próximos e a estabilidade do comércio marítimo internacional", segundo o decreto.
A ideologia do grupo rebelde xiita centra-se na oposição a Israel e aos Estados Unidos, considerando-se parte do "eixo de resistência" apoiado pelo Irão, que inclui também o Hamas e o Hezbollah.
O Conselho Político Supremo dos Hutis anunciou hoje a "libertação da tripulação do Galaxy Leader, que havia sido detida a 19 de Novembro de 2023, no âmbito da campanha de apoio a Gaza", noticiou a agência de notícias iemenita Saba, acrescentando que a medida é um "apoio ao acordo de cessar-fogo" no território palestiniano.
O líder dos rebeldes iemenitas, Abdel Malek al-Huthi, anunciou no dia 16 de Janeiro o seu apoio ao cessar-fogo em Gaza entre Israel e o grupo palestiniano Hamas, mas ameaçou reiniciar os seus ataques contra o território israelita em caso de violação do acordo.
"Seguiremos os passos da implementação do acordo e, se houver alguma violação, massacre ou cerco israelita, estaremos imediatamente prontos para prestar apoio militar ao povo palestiniano", disse Abdel Malek al-Huthi, num longo discurso transmitido pelo canal de televisão dos rebeldes xiitas pró-iranianos.
Os hutis combatem o governo do Iémen e controlam o noroeste do país, bem como a sua capital, Saana.CS