Washington - O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, processou segunda-feira o canal televisivo CNN por difamação, pedindo uma indemnização de 475 milhões de dólares por danos.
Na acção movida num tribunal federal em Fort Lauderdale, no sul da Flórida, Trump alega que a estação dos EUA utiliza "a sua enorme influência" para difamá-lo, com a finalidade de o "derrotar politicamente".
O documento acrescenta que a campanha de dissuasão da CNN sob a forma de difamação e calúnia contra Trump "só se intensificou nos últimos meses", argumentando que a CNN "teme que este seja candidato" à presidência dos Estados Unidos em 2024.
No processo, a defesa do magnata republicano inclui uma série de exemplos onde, alegadamente, a estação televisiva procurou "causar danos reais", como uma transmissão do programa "Reliable Sources" , em que o apresentador, Brian Stelter, falou com um psiquiatra que disse que "Trump é uma pessoa tão destrutiva neste século quanto Hitler, Stalin e Mao foram no século passado".
A acção, assinada pelos advogados Lindsey Halligan e James M. Trusty, procura "indemnizações punitivas" no valor de 475 milhões de dólares.
Esta não é a primeira disputa entre Trump e o canal CNN, meio de comunicação que tem sido criticado pelo ex-presidente e os seus seguidores.
Em 2018, a rede processou o ex-presidente depois da Casa Branca ter "violado o direito à liberdade de imprensa da Primeira Emenda" ao revogar "indevidamente" as credenciais do jornalista Jim Acosta, após uma troca tensa com o então chefe de Estado.
A CNN considerou mais tarde este litígio com Trump resolvido, depois da Casa Branca ter devolvido permanentemente a credencial ao jornalista.
Além disso, em 2020, a campanha eleitoral de Trump processou a CNN por "difamação", como fez com o Washington Post e o New York Times.