Cairo – O Egipto, a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos vão trabalhar para parar com todas as formas de escalada e restabelecer a calma em Jerusalém Estes, ocupada por Israel.
A decisão foi tomada domigo, 24, no Cairo (Egipto) no termo de uma reunião tripartida que congregou o rei Abdallah II da Jordânia, o Presidente egípcio, Abdelfattah al-Sissi e e príncipe herdeiro de Abou Dabi, Mohammed bin Zayed, segundo um comunicado da Corte real da Jordânia, a que a Agencia Anadolu teve acesso.
A reunião analisou os desenvolvimentos mundiais e regionais, nomeadamente a questão palestiniana.
Segundo o comunicado, os três dirigentes árabes consideram que os actuais desafios e crises, com a sua natureza complexa e suas repercussões transfronteiriças, precisam coordenar os esforços, visando reforçar a acção árabe comum e activar a cooperação regional, em particular no que tange as crises de segurança alimentar e energética.
Os três estadistas sublinharam a importância de continuar com a coordenação e a consulta nas diversas questões de interesse comum, e atenda as questões árabes.
Sublinharam, por outro lado, que os seus países trabalhariam de forma abnegada no sentido de restabelecer a calma em Jerusalém Este, estancar todo tipo de escalada, e permitir aos fiéis praticar os seus ritos religiosos sem entraves e chantagem.
Reiteraram ainda a importância de se respeitar o papel da tutela histórica da Jordânia na protecção dos lugares santos islâmicos e cristãos, em Jerusalém.
Concomitantemente, apelaram a Israel a parar com todas as medidas que comprometem a possibilidade de se conseguir a paz e encontrar uma perspectiva política para a retomada de negociações, sérias e eficazes, a fim de resolver a questão palestiniana na base da solução de dois Estados e conforme o direito internacional.
Recorde-se que os três países árabes têm relações diplomáticas com Israel.
O mesmo comunicado indica que o rei Abdallah condenou as agressões israelitas, entre as quais, o assalto à mesquita al-Aqsa.
Recorde-se que há vários dias que Jerusalém e o espaço de Al-Aqsa vivem numa tensão, na sequencia das incursões israelitas na mesquita.