Talibãs pedem levantamento de sanções norte-americanas

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  • Luanda     Quarta, 17 Novembro De 2021    11h39  

Cabul - O governo do Emirato Islâmico do Afeganistão pediu hoje ao Congresso dos Estados Unidos o fim das sanções e o "retomar" do fluxo de ajudas e activos dos bancos afegãos para combater a crise no país.

"Solicito ao Governo dos Estados Unidos que tome medidas responsáveis sobre a crise humanitária e económica que está a crescer no Afeganistão", refere o ministro dos Negócios Estrangeiros talibã, Amir Khan Muttaqi, numa carta aberta dirigida à Administração norte-americana.  

Também com o objectivo de que se "abram as portas para relações futuras", Muttaqi pede que "se descongelem os activos do Banco Central do Afeganistão e que se levantem as sanções" aos bancos do país.  

No texto, Muttaqi sublinha as "contradições" de Washington que por um lado, afirma, assinou em Fevereiro de 2020 um acordo com os talibãs sobre a retirada das tropas dos Estados Unidos, mas que, por outro lado, impôs sanções depois do movimento extremista ter tomado a cidade de Cabul, no passado dia 15 de Agosto. 

"É surpreendente que com o anúncio do novo Governo (o auto-proclamado Emirado Islâmico) os Estados Unidos tenham imposto sanções aos activos do nosso Banco Central. Isto vai contra as nossas expectativas e contra o acordo de Doha", acrescenta o ministro talibã. 

Para Muttaqui, a situação relativa à "segurança financeira" prejudica o futuro das "relações bilaterais" e afecta a "assistência humanitária" num país "atingido por duas décadas de guerra, pandemia (covid-19) e pobreza".

O ministro do auto-proclamado Emirado Islâmico cita os relatórios das Nações Unidas e de outras organizações humanitárias que concluíram que "se estas condições persistirem os afegãos vão ter de enfrentar uma situação muito grave durante o inverno".

"O sofrimento de uma criança por causa da fome, a morte de uma mãe por falta de serviços de saúde (...) não têm justificações políticas e são prejudiciais para o Governo e o povo dos Estados Unidos, porque se trata de uma questão puramente humanitária", conclui.



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