Taipé - As autoridades de Taiwan propuseram hoje um aumento no orçamento para os gastos com Defesa, em 2023, que atingirá 13,2 mil milhões de dólares em plena escalada de tensões com a China, por causa dos recentes exercícios militares chineses em redor da ilha (Taiwan).
O orçamento ainda incluirá um valor adicional para compra de equipamentos militares, como aviões de combate e programas para aumentar a capacidade militar marítima de Taiwan.
A decisão, tomada perante o aumento das tensões na ilha (Taiwan), devido aos desafios de segurança face às manobras chinesas, irá agora ser discutida e votada no parlamento, onde terá de ser aprovada numa sessão marcada para Setembro.
A China reivindica soberania sobre a ilha e considera Taiwan como uma província rebelde, desde que os nacionalistas do Kuomintang se instalaram nessa região, em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas.
No passado dia 10 de Agosto, a marinha chinesa terminou manobras militares em redor da ilha de Taiwan, após seis dias ininterruptos de exercícios, que incluíram o uso de fogo real e o lançamento de mísseis.
Os exercícios militares chineses começaram no seguimento da visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (câmara baixa da Congresso norte-americano), Nancy Pelosi, a Taipé, deslocação que a China descreveu, entre outros termos, como uma "farsa" e uma "deplorável traição".
Também este mês, as Forças Armadas de Taiwan realizaram um exercício de artilharia com uso de fogo real a simular a defesa da ilha contra um potencial ataque da China.
Num momento de agravamento das tensões regionais com a China, também o Japão está a ponderar adquirir um arsenal de mais de mil mísseis de longo alcance.
Tóquio também quer expandir a capacidade dos seus mísseis terra-mar, para atingir alvos a mais de 1.000 quilómetros de distância, com o objectivo de poder alcançar as áreas costeiras da Coreia do Norte e da China.