Síria: Mais de três milhões de pessoas em risco por falta de acesso a água

     Mundo           
  • Luanda     Terça, 28 Setembro De 2021    18h00  
Mapa da Síria
Mapa da Síria
Divulgação

Damasco - Mais de três milhões de pessoas estão a correr risco de saúde devido à falta de acesso a água potável no norte da Síria, que atingiu um "ponto de ruptura", alertaram hoje os Médicos Sem Fronteiras (MSF).

A organização não-governamental (ONG) atribuiu essa situação "desesperadora" a "uma década de guerra que deixou as infraestruturas de água e saneamento destruídas e negligenciadas".

"Nos campos, encontramos doenças que se espalham na água, como diarreia, hepatite, impetigo [um tipo de infecção na pele] e sarna", lamentou Ibrahim Mughlaj, dos MSF.

A queda substancial neste ano do financiamento para operações de saneamento e distribuição de água - para menos de um terço dos fundos alocados no ano passado - forçou as organizações de ajuda a interromper a entrega de água em camiões para os campos de deslocados.

Em Julho, os MSF observaram um aumento nos casos de diarreia em mais de 30 acampamentos em Idlib, bem como casos frequentes de sarna.

Parte da província de Idlib e os seus arredores, o último bastião hostil a Damasco, é o lar de mais de três milhões de pessoas - a maioria delas deslocadas pela guerra - que vivem na miséria.

"Desde o início do ano, 28% de todas as consultas (...) foram casos de diarreia aquosa aguda", indicou a ONG.

Esta crise também torna o combate à covid-19 ainda mais difícil quando a região vive um surto "alarmante" de casos de contaminação, lamentou a ONG.

A situação também é terrível no nordeste da Síria, dominado pelos curdos, devido aos "distúrbios repetidos e sustentados" na estação [de água] de Alouk, controlada pela Turquia, e à diminuição - com a seca - dos níveis de água do Eufrates, o principal rio da Síria, de acordo com os MSF.

Em Hassaké, mais de um milhão de pessoas tiveram acesso limitado à água durante quase dois anos, enquanto em Raqqa, os casos de diarreia aumentaram 50% no final de maio de 2021, ao longo de um ano, refere a organização.

"A falta de fundos só piora com o tempo, a distribuição de água é, às vezes, politizada e os MSF e outras organizações não conseguem preencher todas as lacunas", alertou Benjamin Mutiso, coordenador no terreno dos MSF.



Tags



Fotos em destaque

SODIAM arrecada USD 17 milhões em leilão de diamantes

SODIAM arrecada USD 17 milhões em leilão de diamantes

Sábado, 20 Abril De 2024   12h56

Fazenda colhe mil toneladas de semente de milho melhorada na Huíla

Fazenda colhe mil toneladas de semente de milho melhorada na Huíla

Sábado, 20 Abril De 2024   12h48

Huambo com 591 áreas livres da contaminação de minas

Huambo com 591 áreas livres da contaminação de minas

Sábado, 20 Abril De 2024   12h44

Cunene com 44 monumentos e sítios históricos por classificar

Cunene com 44 monumentos e sítios históricos por classificar

Sábado, 20 Abril De 2024   12h41

Comuna do Terreiro (Cuanza-Norte) conta com orçamento próprio

Comuna do Terreiro (Cuanza-Norte) conta com orçamento próprio

Sábado, 20 Abril De 2024   12h23

Exploração ilegal de madeira Mussivi considerada “muito crítica”

Exploração ilegal de madeira Mussivi considerada “muito crítica”

Sábado, 20 Abril De 2024   12h19

Hospital de Cabinda realiza mais de três mil cirurgias de média e alta complexidade

Hospital de Cabinda realiza mais de três mil cirurgias de média e alta complexidade

Sábado, 20 Abril De 2024   12h16

Camacupa celebra 55 anos focado no desenvolvimento socioeconómico

Camacupa celebra 55 anos focado no desenvolvimento socioeconómico

Sábado, 20 Abril De 2024   12h10

Projecto "MOSAP 3" forma extensionistas para escolas de campo em todo país

Projecto "MOSAP 3" forma extensionistas para escolas de campo em todo país

Sábado, 20 Abril De 2024   12h05

Comunidade do Lifune (Bengo) beneficia de biofiltros

Comunidade do Lifune (Bengo) beneficia de biofiltros

Sábado, 20 Abril De 2024   11h58


+