Washington – O senador republicano Tim Scott, que representa o estado norte-americano da Carolina do Sul, estará a preparar uma candidatura à presidência dos Estados Unidos, avança esta segunda-feira o Wall Street Journal.
Segundo o jornal, fontes "próximas dos planos" do senador confirmaram que a candidatura está a ser preparada. E, ao The Guardian, uma conselheira de Scott, Jennifer DeCasper, afirmou que este está "entusiasmado por partilhar a sua visão de esperança e oportunidade e por ouvir a resposta do povo americano".
Scott, com 57 anos, é o único senador conservador afro-americano, mas, apesar de fazer parte de um Partido Republicano cada vez mais entregue à extrema-direita, continua a chegar a acordos com os democratas em reformas estatais.
Num rascunho do seu livro divulgado em Agosto, Tim Scott já tinha revelado uma intenção de candidatar-se ao cargo mais importante do país, ao descrever-se como uma "estrela em crescimento que vê e percebe a importância do bipartidarismo de modo a levar os EUA para a frente".
O Wall Street Journal dá conta que Scott já começou a contratar pessoal para a sua campanha, incluindo nos estados da Carolina do Sul e do Iowa, um dos primeiros estados a votar nas eleições primárias (que decidirão o candidato republicano que fará frente ao candidato democrata, seja ou não Joe Biden).
A notícia surge numa altura em que Nikki Haley, antiga embaixadora na Organização das Nações Unidas (ONU) e antiga governadora da Carolina do Sul, se prepara para anunciar formalmente a sua candidatura à Casa Branca.
Haley, vista há alguns anos como uma das principais figuras no futuro dos conservadores norte-americanos, tem sido apontada pela imprensa dos Estados Unidos como uma possível candidata republicana, a par do actual governador da Flórida, Ron DeSantis, e do antigo vice-presidente, Mike Pence.
Donald Trump é o único candidato anunciado. O antigo presidente dos Estados Unidos já arrancou com os comícios de promoção da campanha, precisamente na Carolina do Sul, mas o POLITICO e a CNN Internacional noticiaram que o apoio por Trump está claramente a desvanecer-se.
Depois de um anúncio de candidatura que aborreceu muitos comentadores políticos e apoiantes, habituados aos discursos inflamados do bilionário, o antigo líder tem tido dificuldades em angariar donativos e só juntou perto de 10 milhões de euros no primeiro mês de campanha.
Os especialistas políticos consideram que o único republicano capaz de desafiar Trump é mesmo Ron DeSantis que, como governador da Flórida, tem restringindo cada vez mais os direitos da comunidade afro-americana e LGBTQ+.
Do lado dos democratas, é incerto se Joe Biden será mesmo recandidato ou não, com o presidente a deixar claro que continua apto para governar, apesar da maioria do eleitorado preferir que o Partido Democrata aposte noutro nome.
