Washington - O Senado norte-americano aprovou hoje a escolha de Kristi Noem para chefiar o Departamento de Segurança Interna dos EUA, onde ficará responsável pela implementação do programa de expulsões em massa de imigrantes ilegais, noticiou o site Notícias ao Minuto.
Na câmara alta do Congresso - onde os republicanos detêm uma estreita maioria - a nomeação de Noem foi aprovada por 59 senadores, enquanto 34 votaram contra.
A votação ocorreu um dia depois de o novo secretário da Defesa, Pete Hegseth, ter sido confirmado por uma curta margem e apesar das acusações de agressão sexual, consumo excessivo de álcool e falta de experiência.
Kristi Noem, de 53 anos, é governadora do estado Dakota do Sul desde 2019 e foi um dos nomes apontados como possível escolha para vice-Presidente de Donald Trump.
A partir de agora, Noem chefiará o Departamento de Segurança Interna, sendo responsável por mais de 260.000 funcionários federais, o terceiro maior departamento federal dos Estados Unidos, atrás do Pentágono e do Departamento de Assuntos de Veteranos.
Noem irá controlar as agências responsáveis pelo programa de deportação do Presidente Donald Trump, incluindo a de segurança fronteiriça, para além das agências de cibersegurança e de resposta a catástrofes naturais.
Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu desenvolver "o maior programa de deportação da história americana", usando o Exército se necessário.
A Casa Branca disse já ter iniciado o processo, com a detenção de centenas de "imigrantes criminosos ilegais", referindo que foram deportados por aviões militares e não civis, como tinha acontecido anteriormente.
Durante a audição para o cargo perante os senadores, em meados de janeiro, Kristi Noem declarou que a fronteira com o México era "a ameaça número um segurança interna" dos Estados Unidos.
"Sob a minha liderança no Departamento de Segurança Interna, não haverá preconceito político na forma como o auxílio em caso de desastre será prestado", disse Noem em resposta a perguntas sobre a distribuição de ajuda financeira federal após uma crise provocada por um desastre natural.
Este compromisso esteve em causa, após as recentes ameaças de Donald Trump de suspender a ajuda às autoridades da Califórnia - um estado liderado por democratas e que tem sido devastado por graves incêndios - na eventualidade de o governo estadual não cumprir determinadas exigências, em particular o estabelecimento de reformas defendidas pelo Partido Republicano.CS