Sem voto impresso, Brasil terá problema pior que os EUA, diz Bolsonaro

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  • Luanda • Quinta, 07 Janeiro de 2021 | 18h09
Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil
Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil
Angop

Brasília - O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse hoje que sem voto impresso no país, que usa sistema urnas electrónicas há mais de 20 anos, a eleição presidencial de 2022 poderá ter problemas piores do que os registados na quarta-feira nos Estados Unidos.

"Se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter um problema pior que os Estados Unidos", disse Bolsonaro, numa conversa com apoiantes na porta do Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.

O chefe de Estado brasileiro também voltou a colocar em causa a segurança do sistema de votação dos Estados Unidos, insinuando sem provas que acorreram fraudes no pleito presidencial disputado em Novembro, conforme alega o seu aliado político e Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump.

"O pessoal tem de analisar o que aconteceu nas eleições americanas agora. Basicamente, qual foi o problema, a causa dessa crise toda? Falta de confiança no voto", afirmou Bolsonaro.

"Lá [nos Estados Unidos] o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatros vezes. Mortos votaram. Foi uma festa lá. Ninguém pode negar isso daí", acrescentou.

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de Novembro.

Pelo menos quatro pessoas morreram na invasão do Capitólio, anunciou a polícia, que deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante a ocupação do edifício.

Já hoje, o Congresso dos Estados Unidos ratificou a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de Novembro, na última etapa antes de ser empossado em 20 de Janeiro.

O vice-presidente republicano, Mike Pence, validou o voto de 306 grandes eleitores a favor do democrata contra 232 para o Presidente cessante, Donald Trump, no final de uma sessão das duas câmaras, marcada pela invasão de apoiantes de Trump.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida na quarta-feira, mas quatro horas depois as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

O primeiro-ministro, António Costa, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, condenaram os incidentes, tal como a União Europeia, a OTAN e governos de vários países.



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