Moscovo - A fragata almirante Gorshkov está a preparar-se para testar os mísseis hipersónicos Zircon, que fazem parte do seu arsenal, anuncia agência TASS citada hoje pela agência Reuters.
A informação está a ser avançada pela agência russa TASS, que cita uma fonte da Defesa do país.
Em causa está uma iniciativa que vai decorrer no contexto dos exercícios conjuntos que a Rússia vai levar a cabo com as marinhas da China popular e da África do Sul.
"O próximo exercício com as marinhas sul-africana e chinesa, em Fevereiro, tornar-se-á na primeira vez, durante um evento deste tipo, que será praticado um episódio de treino e combate a envolver o lançamento do míssil hipersónico Zircon a partir de um navio", elaborou a mesma fonte.
No âmbito de tais testes, pretende-se que o míssil em questão seja capaz de atingir um alvo de superfície localizado a uma distância superior a 500 quilómetros.
A agência TASS não ofereceu quaisquer confirmações oficiais acerca deste anúncio.
De recordar que a fragata almirante Gorshkov deu início, logo no princípio do ano, a uma viagem de longo curso, com passagem pelos Oceanos Atlântico e Índico, bem como pelo Mar Mediterrâneo.
Logo desde então, a marinha russa anunciou que a embarcação fazia tal viagem acompanhada dos famosos mísseis de cruzeiro hipersónicos Zircon.
Na altura em que a Rússia anunciou esta missão, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, explicou que estes mísseis hipersónicos tinham a capacidade de ultrapassar qualquer sistema de defesa anti-mísseis.
Isto porque navegam a nove vezes a velocidade do som e possuem um alcance de mais de mil quilómetros, acrescentou.
Segundo disse na altura o governante, devido à guarnição de armamento presente no navio, o mesmo é "capaz de realizar ataques pontuais e poderosos contra o inimigo, tanto em direcção ao mar, como a terra".
O anúncio surge numa altura em que, à semelhança do que acontece com a Rússia, também a China e os Estados Unidos estão numa autêntica corrida ao armamento hipersónico - bastante cobiçado devido à sua elevada velocidade e manobrabilidade.
Além do mais, o alvo deste tipo de armas é, também, muito mais difícil de calcular do que o de mísseis balísticos intercontinentais, explica a Reuters.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de Fevereiro, matou já, pelo menos, 6.884 civis, com outros 10.947 a terem ficado feridos, segundo os cálculos mais recentes da ONU - Organização das Nações Unidas.