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Rússia reitera intolerabilidade da adesão da Filândia e Suécia à OTAN

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  • Luanda • Segunda, 16 Maio de 2022 | 12h17

Moscovo - O Vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, reiterou hoje, segunda-feira, que a adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN será um erro com amplas consequências que Moscovo não tolerará, anuncia a Lusa.

"É um grave erro adicional cujas consequências podem ser consideráveis", começou por dizer o responsável, segundo a agência russa Interfax.

Ryabkov disse ainda que o facto de que a segurança da Suécia e da Finlândia não será reforçada por esta decisão, é muito claro para a Rússia.

Acrescentou que “considerar que aqueles países não devem ter ilusões de que simplesmente tolerará a sua entrada na OTAN".

Citado pela Reuters, o vice-ministro lembrou que o nível geral de tensão militar vai aumentar, a previsibilidade nessa esfera diminuirá.

Sublinhou que é uma pena que o bom senso esteja a ser sacrificado, por uma 'medida fantasma' sobre o que deve ser feito nesta situação em desenvolvimento.

Recorde-se que a Finlândia anunciou no domingo preteder aderir à OTAN, alargando, assim a aliança militar ocidental, que conta com 30 membros, numa resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O anúncio foi feito pelo presidente finlandês, Sauli Niinistö, numa conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra, Sanna Marin.

Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, qualificou no sábado a candidatura da Finlândia como "um erro", avisando de que será forçado a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se o país aderir à OTAN.

Durante uma conversa telefónica com o seu homólogo finlandês, Putin terá sublinhado que o fim da neutralidade militar da Finlândia seria um "erro, já que não existe qualquer ameaça à segurança da Finlândia", segundo um comunicado do Kremlin.

Lançada a 24 de Fevereiro, a ofensiva militar na Ucrânia já matou mais de três mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alertam para a probabilidade de o número real ser muito maior.

O conflito causou ainda a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de seis milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

 





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