Moscovo - As tropas russas infligiram pesadas baixas às forças ucranianas que ocupam parte da região russa de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, desde o início de Agosto, anunciou hoje o Ministério da Defesa da Rússia.
Nas últimas 24 horas, o exército ucraniano sofreu mais de 400 baixas, entre mortos e feridos, disse o ministério num relatório operacional citado pelas agências espanhola EFE e Lusa.
O ministério anunciou também que as forças ucranianas perderam seis veículos de combate de infantaria, incluindo um Marder de fabrico alemão, e várias armas.
"A liquidação de um agrupamento das Forças Armadas ucranianas cercado na área de Olgovskaya Roscha foi concluída", disse o ministério.
Olgovskaya Roscha é uma floresta situada a cerca de 10 quilómetros a norte da fronteira com a Ucrânia.
As tropas russas, com apoio de artilharia e aviação, também atacaram as posições das forças ucranianas perto de várias localidades.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, desde o início dos combates na região de Kursk, o exército ucraniano sofreu cerca de 34.400 baixas, incluindo mortos e feridos.
Também perdeu 215 tanques, 147 veículos de combate de infantaria, 120 transportes blindados e outro material de guerra.
A Ucrânia e os seus aliados ocidentais queixaram-se de que a Rússia enviou até 10.000 soldados norte-coreanos para a região de Kursk.
Os Estados Unidos, segundo a imprensa ocidental, autorizaram a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance contra alvos em território russo.
Embora inicialmente se esperasse que os ataques ucranianos se centrassem na região russa de Kursk, o primeiro ataque com mísseis ATACMS, na terça-feira, teve como alvo uma instalação militar na vizinha Bryansk.
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou na terça-feira a alteração da doutrina nuclear da Rússia, que passa a prever o recurso a armas nucleares em caso do país sofrer um ataque com armas convencionais.
Várias embaixadas ocidentais, incluindo dos Estados Unidos, Espanha, Itália e Grécia, alertaram hoje para a possibilidade de a Rússia realizar nas próximas horas um bombardeamento significativo contra Kiev.
A actual guerra da Rússia contra a Ucrânia dura desde Fevereiro de 2022. DSC/AM