Moscovo - Os serviços de segurança russos informaram, esta terça-feira, que detiveram um homem pelo assassinato do general Igor Kirillov e do seu assistente, numa explosão em Moscovo.
De acordo com o gabinete de imprensa do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), citado pela imprensa estatal russa, trata-se de um cidadão do Uzbequistão, de 29 anos, que foi recrutado pelos serviços secretos ucranianos e a quem foi prometida uma recompensa de 100 mil dólares, mais de 95 mil euros, e uma viagem para um dos países da União Europeia, segundo a AFP.
"O FSB conduziu acções operacionais e de investigação conjuntas com o Ministério do Interior russo e o Comité de Investigação russo. Como resultado, as forças de segurança identificaram e detiveram um cidadão do Uzbequistão, nascido em 1995, que detonou um engenho explosivo caseiro perto de um edifício residencial na Avenida Ryazansky, em Moscovo", anunciaram.
Recorde-se que os serviços de segurança ucranianos (SBU) reivindicaram a responsabilidade pelo homicídio do general russo, responsável pela defesa nuclear, biológica e química, disse uma fonte à France Presse.
Em Outubro, as autoridades britânicas apontaram o general Kirillov como o responsável de Moscovo pela alegada utilização de armas químicas na Ucrânia.
Trata-se do mais alto responsável militar russo morto em Moscovo desde o início da ofensiva russa contra território ucraniano, em Fevereiro de 2022.
O oficial de alta patente do Exército russo morreu numa explosão perto de um edifício residencial no sudeste de Moscovo, anunciou inicialmente o Comité de Investigação russo.
O comandante das forças russas de defesa nuclear, biológica e química, Igor Kirillov, e o assistente morreram" na sequência da detonação de um engenho explosivo, indicou o organismo russo em comunicado.
De acordo com os investigadores de Moscovo, o engenho explosivo foi colocado num motociclo estacionado perto da entrada de um edifício residencial na Avenida Ryazansky.
Segundo um jornalista da France Presse no local, as janelas de vários apartamentos ficaram estilhaçadas pela explosão tendo a polícia isolado a zona.
A entrada do edifício também ficou muito danificada.
A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, lamentou através de uma mensagem difundida pelas redes sociais a perda de um "general destemido que nunca se escondeu nas costas dos outros", lutando "pela Pátria e pela verdade".
O vice-presidente da Câmara Alta do Parlamento russo, Konstantin Kosachev, prometeu que "os assassinos vão ser punidos sem piedade".
Em funções desde Abril de 2017, Igor Kirillov passou a integrar a lista de cidadãos russos sancionados pelo Reino Unido "por ter utilizado armas químicas na Ucrânia".
As autoridades russas rejeitaram repetidamente as acusações, qualificando-as de "absurdas".
Na segunda-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, fez um balanço dos combates na Ucrânia, durante uma reunião com funcionários do Ministério da Defesa, elogiando o avanço das tropas. GAR