Moscovo - A Rússia recuperou hoje os corpos de 49 soldados russos mortos em combate com as forças ucranianas, numa nova troca com as autoridades de Kiev, anunciaram fontes oficiais, citadas pelo site Notícias ao Minuto.
A repatriação dos soldados russos foi confirmada pelo deputado russo Shamsail Saraliyev em declarações ao portal digital RBC.
As autoridades de Kiev anunciaram hoje que 757 corpos de soldados ucranianos mortos em combate foram devolvidos pela Rússia à Ucrânia, no maior repatriamento desde o início da guerra.
O organismo estatal ucraniano que se ocupa dos prisioneiros de guerra explicou num comunicado que a maioria dos corpos se encontrava na parte ocupada pela Rússia da região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
Outros foram repatriados da parte ocupada de Zaporijia (leste) e alguns regressaram de morgues no interior da Federação Russa.
Numerosas estruturas militares e civis estiveram envolvidas no processo que conduziu à devolução dos corpos, mais uma vez com a mediação do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Esta é a primeira troca de corpos militares entre as partes beligerantes em 2025.
A troca anterior teve lugar em 20 de Dezembro, quando a Rússia recuperou os restos mortais de 42 soldados mortos em combates com as forças ucranianas, e entregou à Ucrânia os corpos de 503 pessoas.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infra-estruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território. MOY/AM