Havana - Cuba celebra hoje o 66º aniversário de sua Revolução, imersa na defesa de seu direito à soberania, à autodeterminação e ao desenvolvimento, diante da crescente hostilidade dos Estados Unidos, noticia a Prensa Latina.
O resultado das recentes eleições, juntamente com a ascensão da extrema direita na América Latina, entre outras causas, configuram um cenário internacional complexo que a nação enfrenta ao mesmo tempo que promove acções para resolver a situação económica interna.
As mais de 240 medidas tomadas no seu mandato anterior pelo próximo presidente, Donald Trump, que intensificam o cerco norte-americano, bem como a inclusão arbitrária do país numa lista de estados supostamente patrocinadores do terrorismo, têm alcance global devido à sua acção coercitiva sobre governos e instituições financeiras e bancárias.
Porém, num contexto interno marcado pela escassez de produtos, limitações nos serviços, que incluíram interrupções no Sistema Eléctrico Nacional, aliados às consequências de eventos climáticos extremos que afetaram todo o país, a nação antilhana conseguiu manter a coesão e avançar acções para resolver deficiências internas e relançar a sua economia.
Tal esforço pôde ser realizado graças ao apoio maioritário do povo cubano ao processo de transformação iniciado em 1 de Janeiro de 1959 pelo líder histórico da Revolução, Fidel Castro, em desafio aberto aos interesses geopolíticos de Washington.
O Presidente Miguel Díaz-Canel agradeceu aos seus compatriotas pelo heroísmo demonstrado “perante a barbárie da guerra económica que se trava contra nós”.
Vamos relembrar o ano que termina, não pelos obstáculos e carências. Vamos lembrar por que todos nós os derrotamos juntos, observou ele em mensagem através da rede social X.
É extremamente honroso e emocionante – observou – saber que vocês fazem parte deste povo que não nasceu destinado à grandeza. Ele conquistou isso através do heroísmo e da criatividade na resistência.
Nesta luta soberana, Cuba conta com o apoio de governos, movimentos sociais, organizações sindicais, activistas de solidariedade, personalidades e muitos dos seus cidadãos residentes em outras latitudes.
Este movimento de apoio ao país antilhano reúne mais de 1.600 organizações em 152 países.
Como expressão deste apoio, na passada segunda-feira o Instituto Cubano de Amizade com os Povos apresentou a Maratona do Amor a Cuba, uma iniciativa da Rede Continental de Solidariedade na América Latina e nas Caraíbas, que decorrerá ao longo de 2025. ADR