Luanda - As negociações para o alcance de um cessar-fogo de 30 dias no conflito entre Rússia e a Ucrânia, bem como a dissolução do parlamento português e a convocação de novas eleições, constituíram, dentre outros, os assuntos de destaques do noticiário internacional durante a semana que hoje finda.
O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, disse ao Presidente russo, Vladimir Putin, que o seu país apoia todas as iniciativas que visem pôr fim à guerra na Ucrânia, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, reafirmou, numa chamada telefónica com Putin, o "compromisso da Arábia Saudita em facilitar o diálogo e apoiar todas as iniciativas que visem alcançar uma resolução política para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia".
A conversa aconteceu após uma proposta de cessar-fogo de 30 dias negociada entre as delegações dos EUA e da Ucrânia no início desta semana na cidade saudita de Jeddah.
O Presidente russo disse que apoia a cessação das acções militares na Ucrânia, desde que leve a uma "paz duradoura", em resposta à proposta de tréguas de 30 dias dos Estados Unidos já aceite por Kiev.
"A Rússia concorda com as propostas para travar os combates, mas partimos do pressuposto de que o cessar-fogo deve conduzir a uma paz duradoura e remover as causas profundas da crise", declarou Putin em conferência de imprensa no Kremlin com o homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko.
Putin alertou para questões importantes que precisa de esclarecer com os Estados Unidos e "talvez ligar ao Presidente (Donald) Trump", que já sinalizou esperar um apoio do Kremlin à sua proposta e não descartou represálias em caso de recusa.
A Ucrânia aceitou na terça-feira a proposta dos EUA para um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, após mais de oito horas de conversações em Jeddah.
Um outro assunto que marcou os últimos sete dias foi a dissolução do parlamento de Portugal e a convocação de novas eleições parlamentares.
Portugal realizará eleições parlamentares antecipadas - a terceira em pouco mais de três anos - em 18 de Maio, disse o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, dois dias após o governo minoritário de centro-direita perder um voto de confiança parlamentar.
A Reuters notíiciou que o presidente tomou a decisão amplamente esperada de dissolver o parlamento e convocar eleições nacionais após consultar os principais partidos políticos e seu Conselho Consultivo de Estado.
Mereceu igualmente destaque no noticiário internacional da ANGOP a visita do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ao Canadá para uma reunião de chefes de diplomacia do G7 dedicada à Ucrânia, num contexto de guerra comercial e tensão entre Washington e Ottawa.
Rubio é o primeiro alto funcionário da administração Trump a pisar solo canadiano, numa altura em que o Presidente norte-americano impõe tarifas alfandegárias a Canadá, segundo a Lusa.
E faz sucessivas provocações ao país vizinho, afirmando que este deveria tornar-se o "51º Estado" dos Estados Unidos.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 - Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos - reuniram-se em Charlevoix, no Quebeque, para o seu primeiro encontro desde que Donald Trump regressou ao poder em Janeiro.
Também no Canadá, o economista Mark Carney tornou-se hoje o 24.º primeiro-ministro do país, substituindo Justin Trudeau, depois de ter sido empossado numa cerimónia em Otawa., noticiou o site Notícias ao Minuto.
Pouco antes da tomada de posse de Carney, Trudeau reuniu-se em privado com a governadora-geral Mary Simon, que actua como chefe de Estado em nome do monarca britânico, para formalizar a sua demissão após mais de nove anos como primeiro-ministro.
Além de Carney, também tomaram posse os membros do novo Governo, que mantém muitos dos ministros do anterior executivo de Trudeau (2015-2025).CS