Luanda – O anúncio de assistência a Ucrânia no valor de 18,1 mil milhões de euros (1 euro equivale a Kz 951,42) feito pela União Europeia (UE), como primeira parte do empréstimo do G7, e a detenção do chefe das forças armadas da Coreia do Sul, general Park An-Su, incriminado por rebelião e abuso de poder, constituíram os principais destaques da ANGOP na semana que hoje, sábado, termina.
Segundo a Comissão Europeia, assistência macrofinanceira de 18,1 mil milhões de euros à Ucrânia será desembolsada em parcelas ao longo de 2025 para a Ucrânia fazer face à agressão Russa, cuja primeira fatia deverá chegar à Ucrânia no início de 2025.
A ideia, segundo o Executivo Europeu, é recorrer aos lucros extraordinários dos activos russos imobilizados na UE para o suportar.
“Numa altura em que os 27 Estados-membros têm cerca de 200 mil milhões de euros em bens congelados do banco central russo, devido às sanções impostas pelo bloco à Rússia, Bruxelas quer usar as receitas geradas para cobrir a sua parte do empréstimo do G7”, indica a UE.
Na mesma linha de pensamento, o Reino Unido concedeu igualmente a Ucrânia uma ajuda de 273 milhões de euros em equipamento militar que inclui ‘drones’, sistemas de defesa aérea e munições.
O anúncio deste apoio foi feito pelo Ministro da Defesa britânico, John Healey, que afirmou que a escala do "erro de cálculo" do Presidente russo, Vladimir Putin, em invadir a Ucrânia "é mais clara do que nunca".
"O corajoso povo ucraniano continua a desafiar todas as probabilidades com a sua energia indestrutível", disse Healey, acrescentando que “não podem fazê-lo sozinhos".
Outro destaque da semana foi a detenção do Chefe das forças armadas da Coreia do Sul, general Park An-Su, incriminado por rebelião e abuso de poder, na sequência da declaração de lei marcial de 3 de Dezembro.
Park é o quinto alto funcionário a ser detido desde a polémica medida decretada pelo Presidente Yoon Suk-yeol, revogada após algumas horas, que justificou com uma alegada aproximação da oposição a posições "semelhantes às da Coreia do Norte".
Antes, tinham sido já detidos o ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, o chefe dos serviços secretos, Yeo In-Hyung, o chefe do Comando de Guerra Especial, Kwak Jong-keun, e o chefe do Comando de Defesa da Capital, Lee Jin-woo.
Também na semana que termina hoje, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, refutou em tribunal a questão de ter pressionado, em conjunto com a família, os meios de comunicação social para conseguir uma imagem positiva da sua gestão, durante um julgamento por corrupção.
"Senhoras e senhores, gostaria de poder ouvir a minha mulher. Infelizmente, tendo em conta a nossa vida e o meu trabalho, isso não é possível. Encontramo-nos ao fim da tarde, durante alguns minutos, e só falamos sobre os filhos e a família", disse, referindo-se às acusações de que, em conjunto com os membros da sua família e outros intermediários, teria exercido pressão sobre o popular portal de notícias Walla.
Constituiu ainda destaque no noticiário da ANGOP, a declaração de emergência emitida pelas autoridades da cidade russas de Anapa devido ao derrame de produtos petrolíferos, depois do acidente que envolveu dois petroleiros russos.
Os petroleiros "Volgoneft 212" e "Volgoneft 239", ambos construídos há mais de 50 anos para a navegação fluvial e posteriormente adaptados para navegar no mar, colidiram no domingo durante uma tempestade perto do Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov.
Outro aspecto que marcou os últimos sete dias, foi a rejeição do recurso apresentado pelo ex-presidente, Nicolas Sarkozy da condenação definitiva que lhe foi aplicada pelo Supremo Tribunal francês a uma pena de três anos de prisão, dois deles de punição suspensa e um sob vigilância electrónica, por corrupção e tráfico de influências.
O antigo presidente ficará ainda impedido de concorrer a cargos públicos durante três anos. Sarkozy será obrigado a usar uma pulseira electrónica, uma sanção sem precedentes para um antigo Chefe de Estado.
Sarkozy, de 69 anos, foi presidente de 2007 a 2012.
Fez também eco, a posição da União Europeia que solicitou aos países membros a considerarem as sanções sectoriais para facilitar a reconstrução da Síria e que o regresso dos refugiados sírios sejam “voluntário, seguro e digno”
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, defendeu no parlamento europeu que a UE continuará a apoiar a Síria, "mas com uma nova tónica na recuperação rápida e na reconstrução", na sequência da queda do regime de Bashar al-Assad, após uma ofensiva relâmpago liderada pelo grupo islamita HTS (Organização pela Libertação do Levante).
"Estamos a falar de electricidade, água, infra-estruturas básicas e muito mais. Mas isto terá de seguir uma abordagem passo a passo. Os novos dirigentes de Damasco têm de provar que os seus actos correspondem às suas palavras", disse.
Outra manchete nos últimos sete dias, foi a nomeação de François Bayrou, como novo primeiro-ministro da França, em substituição de Michel Barnier, que esteve apenas três meses no cargo de Chefe do Governo francês.
Barnier, que estava no poder desde Setembro, se tornou o primeiro-ministro com o mandato mais curto da história do país. Nenhum governo era deposto num voto de desconfiança no país desde 1962. MOY/JM