Luanda - A composição do novo governo dos Estados Unidos, resultante da eleição de Donald Trump como Presidente do país, assim como a reunião sobre o clima que decorre em Baku, no Azerbaijão, foram os principais destaques do noticiário internacional da ANGOP na semana que hoje finda.
Nos Estados Unidos da América, o republicano Donald Trump, cujos membros do seu futuro Governo já se previa logo após a sua eleição de 05 de Novembro, começaram a ser conhecidos esta semana, destacando-se entre eles o bilionário Elon Musk, que vai comandar o novo Departamento de Eficiência do Governo, Peter Hegseth, apresentador da Fox News, que liderará o cargo de Secretário de Defesa, e Marco Rubio, a pasta de Secretário de Estado.
O republicano terá como procurador-geral, Matt Gaetz, John Ratcliffe, que assumirá a pasta de Director da CIA, Kristi Noem (Secretária do Departamento de Segurança Interna), e Tulsi Gabbard (Directora de Inteligência Nacional).
Também foi destacado nos últimos sete dias, o pedido de suspensão para a reactivação do caso de documentos classificados e da interferência nas eleições de 2020 contra Donald Trump, devido a sua vitoria nas presidenciais de 05 de Novembro nos Estados Unidos da América.
O procurador especial norte-americano Jack Smith fez o pedido na quarta-feira ao tribunal, após avaliar a documentação do caso em que Trump é acusado de acumular os referidos documentos classificados na sua propriedade de Mar-a-Lago (Estado da Florida).
Os procuradores solicitaram a suspensão da apreciação do recurso, para "dar tempo ao governo para avaliar esta circunstância inédita e determinar o curso apropriado consistente com a política do Departamento de Justiça".
Pela sua parte, a equipa de Smith avançou que vai "informar o Tribunal do resultado das deliberações" até 2 de Dezembro.
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29) de 2024, que decorre de 11 a 22 de Novembro, em Baku, Azerbaijão, também constituiu um dos assuntos destacados no noticiário da ANGOP.
Durante o evento foi divulgado um estudo indicando as cidades da Ásia e dos EUA como as que mais emitem gases que provocam o aquecimento e alimentam as alterações climáticas.
Segundo o estudo, sete Estados ou províncias emitem mais de mil milhões de toneladas de gases com efeito de estufa, todos eles na República Popular da China, excepto o Texas, que ocupa o sexto lugar da lista, como indica o relatório elaborado pela Climate Trace, uma organização fundada pelo antigo vice-Presidente dos EUA, Al Gore.
A Climate Trace procurou quantificar o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso, que retêm o calor, bem como outros poluentes atmosféricos tradicionais a nível mundial, usando observações terrestres e por satélite, complementadas por inteligência artificial “para colmatar as lacunas”.
A pesquisa incluiu, pela primeira vez, dados sobre nove mil zonas urbanas a nível mundial.
Foi igualmente destacado no noticiário da ANGOP, o inicio da campanha eleitoral na Alemanha, numa altura em que os jornais alemães antecipam uma campanha "fria e dura" que arrancou no parlamento com críticas ao chanceler Olaf Scholz e à sua destruída 'coligação semáforo', com o chefe do Governo a ter, para já, poucas hipóteses de ser reconduzido ao cargo.
Chanceler Olaf Scholz discursa na quarta-feira no Bundestag (Parlamento) para pedir união dos partidos para votar projectos essenciais, num dia tumultuado que marcou o início informal da corrida ao pleito eleitoral antecipado, após a dissolução na semana passada da coligação que sustentava o seu governo.
O processo será submetido a um voto de confiança dos parlamentares em 16 de Dezembro, o que tornaria viável a convocação de eleições antecipadas para 23 de Fevereiro de 2025.
A semana finda ficou igualmente marcada pela notícia sobre a detenção de 218 pessoas pelas autoridades neerlandesas e aberta uma investigação sobre a alegada violência policial contra pró-palestinianos em Amesterdão, na sequência de uma manifestação levada a cabo na capital dos Países Baixos.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram membros da polícia de choque a gritar com elementos que participavam no protesto, além de outros agentes das forças de segurança a agredirem manifestantes com recurso a porretes, de acordo com a AFP, que acrescenta que os participantes detidos foram mais tarde libertados nos arredores da cidade.
A manifestação que reuniu centenas de pessoas foi permitida na condição de realizar-se na artéria de Westergasterrein, dada a proibição de ajuntamentos no centro da cidade, medida decretada na sequência dos incidentes que envolveram adeptos israelitas do Maccabi TelAviv na semana passada, após embate com o Ajax de Amesterdão.
Constou ainda dos assuntos de destaque, a digulgação do estudo sobre o número de adultos diabéticos no mundo que ultrapassou os 800 milhões, mais do que quadruplicou desde 1990, segundoa Organização Mundial de Saúde (OMS), que alerta para “um aumento alarmante” da diabetes.
A análise da rede mundial de cientistas da área da saúde NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC), com o apoio da OMS, defende a “necessidade urgente de uma acção global mais forte” para combater “a epidemia da diabetes” e alargar o tratamento.
“Para controlar a epidemia global de diabetes, os países devem tomar medidas urgentes: detecção precoce e tratamento”, salienta o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.DSC/CS