Luanda – A troca de prisioneiros entre a Rússia, Estados Unidos da América (EUA) e os países ocidentais, que permitiu a libertação de vários prisioneiros de diferentes nacionalidades, constituiu, dentre outros, o assunto de destaque do noticiário internacional da Agência de Notícias ANGOP durante a semana que hoje finda.
O presidente russo, Vladimir Putin concedeu perdão oficial a 13 pessoas condenadas na Rússia libertadas em troca de prisioneiros com os Estados Unidos e outros países ocidentais.
O Kremlin agradeceu o gesto dos governos estrangeiros que contribuíram para a troca dos oitos russos.
Já o secretário-geral cessante da NATO Jens Stoltenberg considerou que foi a colaboração entre os países do bloco político-militar que permitiu a libertação de pessoas "injustamente detidas" na Rússia.
"Saúdo a libertação de cidadãos russos (de países) aliados e prisioneiros políticos injustamente detidos", escreveu Jens Stoltenberg na rede social X (antigo Twitter).
Um outro tema destacado nos últimos sete dias foi a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, em reiniciar a produção de armas nucleares de alcance intermédio se os EUA confirmarem a intenção de instalar mísseis na Alemanha.
A Rússia e os EUA retiraram-se deste tratado em 2018, com ambos a acusarem-se mutuamente de já não respeitar as suas disposições.
Entretanto, Washington e Berlim anunciaram em Julho a intenção de iniciar implantações de armas de fogo de longo alcance na Alemanha em 2026.
Durante o período em referência foi igualmente noticiado o funeral do líder do Hamas realizado no Qatar, onde milhares de pessoas estiveram concentradas.
Milhares de pessoas marcaram presença junto a maior mesquita do Qatar para assistir ao funeral do chefe do gabinete político do grupo islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, o líder politico do Hamas, que foi morto terça-feira em Teerão onde assistia a posse do novo presidente iraniano.
Ainda na semana finda, foi veiculada a interrupção dos contactos entre os mediadores egípcios e do Qatar com Israel sobre as negociações de trégua na Faixa de Gaza.
As negociações entre Israel e o Hamas que eram mediadas pelo Egipto, Qatar e Arábia saudita foram "completamente interrompidas" após o assassinato do líder do Hamas Ismail Haniyeh, segundo fontes de segurança egípcias.
Mereceu também destaque no noticiário internacional da ANGOP o alerta feito pela Comissão Europeia à Hungria sobre a facilitação da entrada de cidadãos russos e bielorrussos no Espaço Schengen através das fronteiras húngaras.
Numa carta endereçada pela comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, ao ministro do Interior húngaro, Sándor Pintér, o executivo comunitário reconheceu que a definição de regras para entrada de cidadãos estrangeiros "continua a ser uma competência nacional", o que preocupa a União Europeia.
Por fim, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela ratificou o Presidente Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais de domingo último, com 51,95% dos votos, num processo considerado fraudulento pela oposição e parte da comunidade internacional.
O anúncio foi feito em Caracas pelo presidente do CNE, Elvis Amoroso, em conferência de imprensa sem direito a perguntas, depois de Estados Unidos e alguns países latino-americanos apontarem o candidato da oposição, Edmundo Gonzalez Urrutia, como Presidente eleito.
Segundo o CNE, Maduro foi reeleito com 6.408.844 votos, 51,95% do total, ficando em segundo lugar o principal candidato opositor González Urrutia, com 5.326.104 votos, 43,18%.MOY/CS