Luanda – O apelo feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) às populações em risco para continuarem a ser vacinadas contra a covid-19, que está a provocar mais de mil mortes por semana em todo o mundo, voltou a dominar o noticiário internacional da ANGOP na semana que hoje termina.
Segundo o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apesar do número de mortes, "os dados mostram que a cobertura vacinal diminuiu entre os profissionais de saúde e as pessoas com mais de 60 anos, dois dos grupos de maior risco".
Tedros Adhanom Ghebreyesus recomendou para que as pessoas dos grupos de maior risco recebam uma vacina contra a covid-19 no prazo de 12 meses após a última dose.
Mais de sete milhões de mortes causadas pela doença foram comunicadas à Organização Mundial de Saúde, embora o verdadeiro balanço da pandemia possa ser muito superior.
O vírus que causa a covid-19 foi detectado pela primeira vez em Wuhan, na China, no final de 2019.
Ainda no período em análise, a informação dada pelas forças do Ministério do Interior (Minint) sobre o desmantelamento de um plano terrorista contra Cuba, organizado e financiado pelos Estados Unidos, mereceu também enfoque.
O texto, segundo a Prensa Latina, detalha que como resultado da investigação realizada pelos órgãos especializados do Minint, foi preso o cidadão Ardenys García Álvarez, que entrou ilegalmente e trouxe armas de fogo e munições para Cuba por via marítima, bem como outros residentes envolvidos no território nacional.
A acção insere-se num novo plano de recrutamento para a realização de acções violentas, afirmou a nota do Minint, que recordou que em Dezembro de 2023 o Governo cubano publicou no Diário Oficial da República a lista de pessoas e entidades que patrocinam o terrorismo contra Cuba.
A actuação das forças do Ministério do Interior impediu a implementação dos planos desenhados, dirigidos e financiados, mais uma vez, pelos Estados Unidos e gerou um processo investigativo focado nos factos e nas pessoas envolvidas.
Outro assunto de realce na semana de 7 a 13 deste mês, foi a revelação feita por um piloto russo indignado com o ataque do seu exército ao principal hospital pediátrico de Kiev aos serviços secretos militares ucranianos (GUR) a identidade dos comandantes responsáveis.
Uma fonte do GUR adianta que a informação dada inclui dados confidenciais sobre as identidades de mais de 30 comandantes da 22ª Divisão de Aviação de Bombardeiros Pesados da Rússia.
O piloto enviou os dados através de um canal do Telegram que os serviços secretos militares ucranianos criaram para os russos que desejam cooperar com a Ucrânia.
O piloto, que serve na mesma divisão baseada no aeródromo militar de Engels, terá decidido transmitir os dados por estar indignado com o ataque ao hospital em Kiev.
A informação fornecida é, segundo a fonte do GUR, uma das mais valiosas obtidas pela Ucrânia desde o início da guerra, em Fevereiro de 2022, e inclui uma fotografia de grupo de todos os comandantes e dados pessoais deles e das suas famílias.
Um ataque com mísseis russos destruiu na segunda-feira parte das instalações do hospital pediátrico de Kiev, o maior centro médico para crianças da Ucrânia.
O ataque às instalações onde mais de 600 crianças eram tratadas matou duas pessoas e provocou ondas de choque na sociedade ucraniana e na opinião pública internacional.
Na semana prestes a findar, o Papa Francisco advertiu também para a "cultura da rejeição", manifestando preocupação com a "crise da democracia" no mundo.
“É evidente que no mundo actual a democracia, digamos a verdade, não está de boa saúde, questão que preocupa-nos porque está em jogo o bem da humanidade”, lamentou o pontífice perante um milhar de pessoas reunidas em Trieste, no nordeste de Itália, para o encerramento da Semana Social organizada pela Igreja Católica.
Sem nomear nenhum país, Francisco alertou também contra as "tentações ideológicas e populistas", no mesmo dia em que a França votou na segunda volta das eleições legislativas.
"As ideologias são sedutoras. Há quem as compare ao homem que tocava flauta em Hamelin, obrigam-nos a negarmo-nos a nós próprios", disse.CQ/JM