Praga - Os líderes da União Europeia (UE) vão discutir esta sexta-feira, numa cimeira informal em Praga, a resposta do bloco comunitário à escalada dos preços da energia, com países a insistirem na importância de uma resposta comum europeia.
A agenda deste Conselho Europeu informal, que será seguido já dentro de duas semanas de uma cimeira formal, em Bruxelas, contempla também a sustentabilidade do apoio financeiro e militar à Ucrânia, mas a reunião será dominada por um debate, que se antecipa animado, sobre como deve a UE fazer face à crise dos preços da energia, dadas as diferentes sensibilidades.
Na carta-convite dirigida aos líderes dos 27, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garante que a “principal preocupação” será examinar a melhor forma de “abordar os preços elevados para as famílias e empresas, apoiar o crescimento e o emprego, e proteger os mais vulneráveis, que mais sofrem com as elevadas facturas de energia”.
“Mais do que nunca, a chave será a nossa capacidade de nos mantermos unidos e de coordenar a nossa resposta política, num espírito de solidariedade e em defesa dos nossos interesses comuns”, escreveu.
Um dos temas sobre a mesa – numa cimeira que, sendo informal, não tomará decisões -, será a imposição de um "teto" aos preços do gás, reclamada por um número crescente de Estados-membros, entre os quais Portugal, mas que tem merecido a oposição da Alemanha, criticada por várias capitais por optar antes por injectar 200 mil milhões de euros para ajudar famílias e empresas a fazer face aos preços da energia, no que muitos Estados-membros, que não têm a mesma capacidade orçamental, entendem como uma posição individualista, com a ‘cobertura’ da Comissão Europeia.