Reino Unido e Japão assinam acordo militar de "acesso recíproco"

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  • Luanda • Quarta, 11 Janeiro de 2023 | 11h27
Bandeira do Reino Unido
Bandeira do Reino Unido
Divulgação

Londres - O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o seu homólogo japonês, Fumio Kishida, vão assinar hoje em Londres um "acordo de acesso recíproco", permitindo que os exércitos de ambos os países se posicionassem no território um do outro.

 

"Após anos de negociações, o acordo vai selar o compromisso do Reino Unido para com a segurança no Indo-Pacífico", adiantou o gabinete de Sunak em comunicado.

O acordo tem como pano de fundo as crescentes ambições chinesas na Ásia-Pacífico e permitirá aos militares dos dois países "planear e conduzir exercícios e destacamentos militares maiores e mais complexos", acrescentou.

A assinatura terá lugar simbolicamente na histórica Torre de Londres, onde os dois líderes visitarão a exposição de uma armadura japonesa oferecida pelo Japão em 1613 para assinalar o primeiro acordo comercial anglo-japonês.

O líder britânico, que tem assumido uma posição dura sobre a República Popular da China, salientou a necessidade de cooperação perante "os desafios globais sem precedentes do nosso tempo".

Sunak referiu que Londres e Tóquio têm "acelerado" a aproximação nos últimos meses.

"Temos muitas coisas em comum: uma visão comum do mundo e das ameaças e desafios que enfrentamos, bem como uma ambição de usar o nosso lugar no mundo para o bem global", justificou.

O Reino Unido e o Japão estão a juntar-se à Itália para desenvolver uma nova geração de aviões de combate até 2035.

Na reunião com Fumio Kishida, Rishi Sunak pretende também discutir as negociações para a entrada do Reino Unido na Parceria Trans-Pacífico de Comércio Livre (TPFTP), bem como a presidência do G7 pelo Japão em 2023 e a assistência à Ucrânia face à invasão russa.

Fumio Kishida encontra-se numa digressão por vários países do G7 desde segunda-feira, tendo primeiro visitado Paris (França) e Roma (Itália). 

Na quinta-feira é esperado em Ottawa, capital do Canadá, e na sexta-feira será recebido pelo Presidente dos EUA, Joe Biden,  em Washington.

A China popular e o Japão, a segunda e terceira maiores economias do mundo, respectivamente, são parceiros comerciais importantes, mas as relações deterioram-se consideravelmente nos últimos anos, com Beijing a exibir ambições crescentes na região da Ásia-Pacífico.

O Japão, que chamou à China um "desafio estratégico sem precedentes" à segurança do país, queixa-se regularmente da actividade marítima chinesa nas ilhas Senkaku, administradas por Tóquio mas reivindicadas por Beijing.



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