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Registados 12 mortos na violência desta quarta-feira no Irão

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  • Luanda • Quinta, 17 Novembro de 2022 | 10h02
Bandeira do Irão
Bandeira do Irão
Divulgação

Teerão - Pelo menos doze pessoas morreram quarta-feira à noite em protestos e trocas de tiros em várias regiões do Irão, noticiaram os meios de comunicação social do país.

O Irão tem sido abalado por uma vaga de protestos desde a morte, a 16 de Setembro, de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos, detida três dias antes pela polícia da moralidade por violar o rigoroso código de vestuário da República Islâmica.

O caos dos protestos foi explorado por grupos terroristas para cometer um atentado na cidade de Ize, no sul do Irão, noticiou a agência estatal iraniana IRNA.

Homens armados a conduzir motocicletas abriram fogo sobre populares e polícias no mercado central da cidade, matando pelo menos sete pessoas e ferindo 15.

Três suspeitos foram detidos pelo alegado envolvimento neste ataque, disse Ali Dehqani, chefe do Departamento de Justiça da província do Cuzistão, onde se encontra Ize, de acordo com a agência de notícias Tasnim.

Num outro ataque, homens armados montados em motocicletas dispararam contra as forças de segurança na cidade de Isfahan, no centro do Irão, e mataram dois basiji (milicianos islâmicos) e feriram oito.

Além disso, três pessoas morreram na cidade de Semirom, na província de Isfahan, em circunstâncias ainda desconhecidas.

Os protestos intensificaram-se desde terça-feira, na sequência de um apelo de activistas para comemorar as mobilizações anti-governamentais de 2019, durante as quais foram mortas 300 pessoas, de acordo com a organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional.

Estão a decorrer greves em várias cidades iranianas, mas é difícil conhecer o alcance deste movimento, dadas as limitações da Internet e a falta de informação oficial.

Os protestos levam até às ruas principalmente jovens e mulheres que gritam "mulher, vida, liberdade", cantam slogans anti-governamentais e queimam véus, um dos símbolos da República Islâmica.

Pelo menos 326 pessoas, incluindo 43 menores, morreram no movimento de repressão policial, de acordo com a organização não-governamental Iran Human Rights, com sede em Oslo.

Além disso, cinco pessoas foram condenadas à morte pela participação nos protestos, enquanto cerca de duas mil foram acusadas de vários crimes por se manifestarem.





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