Damasco - Quatro soldados sírios foram mortos e outros três ficaram feridos num ataque israelita perto da capital, Damasco, avançou esta quarta-feira o Ministério da Defesa da Síria, citado pela Lusa.
“O inimigo israelita realizou um ataque aéreo ao amanhecer, lançando vários mísseis de Tiberíades” (cidade no norte de Israel), visando várias posições ao redor de Damasco”, disse o ministério na rede social Twitter.
“A nossa defesa antiaérea derrubou vários mísseis e a investigação indicou que quatro soldados foram mortos, outros três ficaram feridos e foram e foram registados danos materiais “, disse o ministério.
Horas antes, a defesa área da Síria tinha interceptado um míssil israelita perto de Damasco.
O ataque ocorreu depois das forças de Israel terem divulgado que um drone israelita caiu no lado sírio da fronteira na terça-feira, acrescentando que está a decorrer uma investigação sobre o caso, avançou a agência de notícias Associated Press.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede em Londres, no Reino Unido, mas com uma vasta rede de colaboradores no terreno, referiu que vários mísseis atingiram áreas próximas do Aeroporto Internacional de Damasco, no extremo sul da capital, bem como vários subúrbios.
Esta organização acrescentou que os ataques atingiram posições militares sírias, bem como alguns combatentes apoiados pelo Irão.
Este foi o mais recente ataque à Síria desde 14 de Abril, quando vários mísseis atingiram posições do Exército sírio perto de Damasco.
Desde o início da guerra na Síria, em 2011, Israel realizou centenas de ataques aéreos no país vizinho, visando posições do Exército sírio, forças iranianas e do Hezbollah libanês.
Israel raramente comenta as suas operações contra a Síria, mas diz que não permitirá que o Irão expanda a sua influência na Síria.
O conflito na Síria resultou até agora na morte de quase 610 mil pessoas e numa grave crise humanitária.
Desencadeada em Março de 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, a guerra na Síria tornou-se mais complexa ao longo dos anos com o envolvimento de potências regionais e internacionais, e a ascensão de extremistas islâmicos.
Apesar de derrota, o Estado Islâmico tem conseguido perpetrar ataques mortais através de células adormecidas, principalmente no vasto deserto no centro do país, onde realiza constantes emboscadas contra forças pro-governo.