Jerusalém - As primeiras imagens da libertação de quatro mulheres militares israelitas, que estavam em cativeiro na Faixa de Gaza há 477 dias, foram já divulgadas, segundo noticiou o site Notícias ao Minuto.
Esta foi a segunda troca de reféns do Hamas por prisioneiros palestinianos, após a assinatura de um acordo de cessar-fogo com Israel.
As reféns são Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag. Todas têm 20 anos, à exceção da última, de 19.
Apareceram fardadas, sorridentes, antes de serem entregues ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que as vai transportar para Israel, onde serão submetidas a uma primeira avaliação médica.
Durante alguns segundos foram expostas num pódio em Gaza, montado para a ocasião pelo Hamas, diante de dezenas de combatentes armados do Hamas e da Jihad Islâmica e de centenas de residentes.
A libertação ocorreu pouco depois das 11h00 locais (10:00 em Luanda).
Estas quatro mulheres pertencem ao Exército de Israel e foram raptadas pelo grupo islamita a 7 de Outubro, da base militar de Nahal Oz.
Segue-se agora a libertação por parte de Israel de 200 prisioneiros palestinianos. Segundo a Al Jazeera, 121 deles estão a cumprir penas de prisão perpétua. O prisioneiro mais velho a ser libertado tem 69 anos de idade e o mais novo tem 15.
A primeira fase da trégua, que deverá durar seis semanas, deverá permitir a libertação de 33 reféns detidos em Gaza em troca de um número muito maior de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
O primeiro dia da trégua, 19 de Janeiro, foi marcado pela libertação três reféns israelitas e de 90 prisioneiros palestinianos.
De acordo com os detalhes do acordo de cessar-fogo com o Hamas, Israel libertará 50 prisioneiros palestinianos por cada mulher soldado israelita, o que significa que pelo menos 200 dos reclusos deverão sair em liberdade.
Apesar de os combates terem cessado em Gaza, Israel continua a levar a cabo uma operação militar na Cisjordânia ocupada, que já resultou na morte de pelo menos 14 pessoas, segundo as autoridades sanitárias locais.
Israel e o Hamas envolveram-se numa guerra em Outubro de 2023, na sequência de um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano no sul do território israelita que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns. Em represália, Israel lançou uma ofensiva devastadora na Faixa de Gaza, matando mais de 47 mil pessoas.CS