Pyongyang - A Coreia do Norte advertiu hoje que vai reforçar a defesa do país, depois de Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão terem realizado manobras aéreas conjuntas em que participaram dois bombardeiros estratégicos norte-americanos B-1B, noticiou o site Notícias ao Minuto.
"Vamos conter as provocações militares hostis planeadas e controlar a situação regional instável com um exercício mais intensivo do direito à autodefesa", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano num comunicado divulgado pela agência de notícias estatal KCNA.
Pyongyang acusou os aliados de "acrescentarem mais um factor de instabilidade à tensão muito grave na península coreana" e deixou claro que vai exercer "com maior intensidade o direito de autodefesa para proteger os direitos soberanos e os interesses de segurança do Estado", segundo a nota.
As demonstrações "mais contundentes" do poder de dissuasão têm como objectivo contrariar a "ameaça militar dos Estados hostis liderados pelos EUA" e são um "requisito essencial" para manter o equilíbrio de poder na península e garantir a segurança regional, afirmou o governo norte-coreano.
Numa declaração separada, também divulgada pela KCNA, a Coreia do Norte criticou os Estados Unidos por aumentarem as despesas com a defesa, o que, segundo a Coreia do Norte, "aumenta os riscos de confrontos militares na península coreana e na região".
As declarações norte-coreanas surgem dois dias depois de os três países aliados terem efectuado manobras aéreas em resposta aos recentes testes de mísseis de Pyongyang, incluindo o lançamento de vários mísseis de curto alcance, na terça-feira, e de um projéctil hipersónico de alcance intermédio, no dia 06 deste mês.
Pyongyang denunciou a acção de aviões de reconhecimento norte-americanos, alegando que sobrevoaram a península "para efectuar espionagem aérea".
Além dos dois bombardeiros estratégicos do Pentágono, participaram nas manobras de quarta-feira caças F-15K sul-coreanos e F-2 japoneses, numa demonstração destinada a "dissuadir conjuntamente as ameaças norte-coreanas", anunciaram os aliados na altura.CQ/CS