Rússia - O presidente russo, Vladimir Putin, responsabilizou o regime ucraniano pelos ataques, esta manhã, com drones em Moscovo, considerando tratar-se de “um acto de terrorismo”.
Na óptica do chefe de Estado russo, este incidente contra “alvos pacíficos” confirma “os métodos usados por Kiev”, segundo a agência RIA.
Putin alertou ainda que o ataque foi “uma tentativa de provocar uma reacção da Rússia”, o que classificou como “preocupante”.
“Os cidadãos ucranianos têm de entender isso”, salientou.
O presidente russo terá também aludido à hipótese de atacar a sede da inteligência militar da Ucrânia, “que foi atingida há dois ou três dias”, disse a agência TASS.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ecoou estas considerações, afirmando que o ataque em Moscovo foi “uma resposta de Kiev” às ofensivas levadas a cabo pelo Exército russo, na capital ucraniana, nos últimos dias.
Disse, por isso, que “mais uma vez se confirma” a necessidade de prosseguir com a “operação militar especial”.
Já o Ministério da Defesa da Rússia, que também acusou a Ucrânia de estar por detrás do incidente desta manhã, que provocou "danos menores" em vários edifícios, ameaçou “tomar novas medidas", notando que "as garantias dos oficiais da OTAN de que o regime de Kiev não atacaria o território russo se revelaram completamente hipócritas".
Segundo a mesma fonte, oito drones estiveram envolvidos no ataque, e todos foram destruídos.
O presidente da câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, disse não haver feridos graves e que estava em curso uma investigação sobre o sucedido.
Lançada a 24 de Fevereiro de 2022, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes das Nações Unidas, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A ONU confirmou ainda que já morreram mais de 8.895 civis, desde o início da guerra, e 15.117 outos ficaram feridos, sublinhando, contudo, que esses números estão muito aquém dos reais.MOY/DSC