O presidente de Israel mandatou hoje o antigo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, vencedor das eleições legislativas de 01 de novembro, para formar um novo Governo, segundo a agência francesa AFP.
Nas eleições, o bloco de direita de Netanyahu, apoiado pelos seus aliados ultraortodoxos e de extrema-direita, alcançou a maioria no parlamento (64 dos 120 deputados) face ao campo do atual chefe do Governo, Yair Lapid (54 deputados).
"Serei o primeiro-ministro de todos, daqueles que votaram em nós e dos outros. Esta é a minha responsabilidade", disse Netanyahu, líder do partido Likud.
Benjamin Netanyahu, 73 anos, já tinha sido primeiro-ministro entre 1996 e 1999, e entre 2009 e 2021.
Conhecido por "Bibi", Netanyahu prometeu "derrubar o Governo na primeira oportunidade" após a sua derrota nas eleições legislativas de março de 2021.
Netanyahu está a ser julgado numa série de casos em que é acusado de fraude, quebra de confiança e aceitação de subornos.
Após a formalidade de hoje, o primeiro-ministro indigitado tem 28 dias para apresentar a equipa ministerial, sendo que o prazo pode ser dilatado mais 14 dias, se for necessário.
O seu parceiro mais proeminente é Itamar Ben Gvir, um deputado extremista que quer expulsar os membros árabes do parlamento e cujas opiniões estiveram outrora à margem da política israelita.
Ben Gvir é o principal candidato do partido de extrema-direita do Sionismo Religioso, que ganhou 14 lugares, o que o torna um aliado chave para Netanyahu.
Repetidamente condenado por acusações de incitamento e apoio a um grupo terrorista, Ben Gvir pretende o Ministério da Segurança Pública, que é responsável pela polícia.
Com a polícia a supervisionar locais sagrados em Jerusalém, a sua nomeação para um cargo tão sensível poderá inflamar tensões com os palestinianos, segundo a agência norte-americana AP.