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Presidente deposto sul-coreano recusa novo interrogatório

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  • Luanda • Sexta, 17 Janeiro de 2025 | 09h42
Bandeira da Coreia do Sul
Bandeira da Coreia do Sul
Divulgação

Seul - Presidente deposto da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, voltou hoje a recusar ser interrogado pelos investigadores no caso da declaração, em Dezembro, de lei marcial, quando faltam poucas horas para expirar o mandado de detenção.

Yoon Suk-yeol, o primeiro chefe de Estado sul-coreano em exercício a ser detido, mergulhou o país numa grave crise política ao declarar a lei marcial no início de Dezembro, para proteger a Coreia do Sul das "forças comunistas norte-coreanas" e "eliminar os elementos hostis ao Estado".

Os investigadores estão a tentar obter uma prorrogação de 20 dias da detenção do dirigente, depois do término de validade das 48 horas previstas no mandado de detenção, para permitir a formalização de uma acusação contra Yoon.

"Prevê-se que o CIO (sigla em inglês do Gabinete de Investigação de Corrupção entre Altos Funcionários) solicite ao tribunal distrital oeste de Seul um mandado de detenção como próximo passo após o mandado", disseram hoje os advogados de Yoon.

O CIO convocou Yoon para interrogatório às 10h00 locais (01h00 em Angola), informou a agência de notícias pública Yonhap.

Mas, o advogado Yun Gap-geun disse à agência de notícias France-Presse que o presidente deposto se recusaria a comparecer, pelo segundo dia consecutivo.

Outro advogado de Yoon, Seok Dong-hyeon, disse aos jornalistas que Yoon já explicou a posição sobre os eventos aos investigadores e que não tem motivos para responder às perguntas.

Deposto pela Assembleia Nacional, o parlamento sul-coreano e objecto de investigação por rebelião, um crime punível com a pena de morte.

O antigo procurador foi interrogado durante horas na quarta-feira, mas exerceu o direito ao silêncio, antes de se recusar a comparecer no interrogatório de quinta-feira.

Yoon afirmou que acedeu às exigências dos investigadores para evitar qualquer "derramamento de sangue", mas que não reconhece a legalidade da investigação.

O Partido Democrático, a principal formação política da oposição, congratulou-se com a detenção de Yoon, descrevendo-a como um "primeiro passo" para restaurar a ordem constitucional e legal após semanas de agitação. GAR





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