Manila - O Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., parte hoje para a China, onde vai realizar uma visita de Estado de três dias, estando previsto um encontro com o líder chinês, Xi Jinping, visando reforçar os laços bilaterais.
“Com esta viagem para Pequim, abro um novo capítulo na nossa cooperação abrangente e estratégica com a China", disse Marcos Jr., num encontro com autoridades e diplomatas dos dois países numa base aérea de Manila que antecedeu a sua partida.
"Aguardo ansiosamente a minha reunião com o Presidente Xi enquanto trabalhamos para mudar a trajectória das nossas relações para um nível mais alto que, com sorte, vai trazer várias perspectivas e oportunidades abundantes de paz e desenvolvimento para os povos dos nossos dois países", acrescentou.
Aludindo à disputa territorial que Beijing e Manila mantêm em torno da soberania do Mar do Sul da China, o líder filipino disse estar ansioso para discutir questões políticas e de segurança bilaterais e regionais.
"As questões entre os nossos dois países são problemas que não pertencem a dois amigos como as Filipinas e a China", acrescentou. "Procuraremos resolver essas questões para benefício mútuo dos nossos dois países", frisou.
A China considera praticamente todo o Mar do Sul da China como território seu e ignorou uma decisão de 2016 de um tribunal de Haia que invalidou as reivindicações de Beijing.
O caso foi apresentado pelas Filipinas, que dizem que a China desde então transformou recifes disputados em ilhas artificiais com pistas para aviões e outras infra-estruturas, de modo que agora se assemelham a bases militares avançadas.
Mais recentemente, um comandante militar filipino relatou que a guarda costeira chinesa apreendeu à força destroços de foguetes chineses que o pessoal da marinha filipina havia recuperado no Mar do Sul da China, no mês passado.
A China negou a apreensão forçada. Marcos disse que vai pedir mais esclarecimentos na sua visita a Beijing.
Acompanhado por uma delegação de empresários, o líder filipino disse que procura cooperação em várias áreas, incluindo agricultura, energia, infra-estrutura, comércio e investimentos e intercâmbio entre pessoas. Espera assinar mais de 10 acordos bilaterais importantes durante a visita.
A China responde por 20% do comércio exterior das Filipinas e é também uma importante fonte de investimento estrangeiro directo no país do sudeste asiático.