Pequim - O presidente chinês, Xi Jinping, defendeu esta quinta-feira que o combate às alterações climáticas deve seguir os princípios do "multilateralismo e do direito internacional" e que os países devem assumir "responsabilidades diferenciadas" conforme a sua prosperidade económica.
Intervindo na cimeira climática de líderes promovida pelo presidente norte-americano, Joe Biden, Xi Jinping afirmou que a China quer "trabalhar em conjunto com a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos".
Afirmou que o seu país está "comprometido com o multilateralismo" e defende que o trabalho de combate às alterações climáticas se deve basear "no direito internacional" e a colaboração entre os países ser feita no âmbito das Nações Unidas, seguindo a sua convenção-quadro para as alterações climáticas e o Acordo de Paris dela decorrente, bem como os objetivos de desenvolvimento sustentável definidos para 2030.
Manifestou também o compromisso chinês com o princípio de "responsabilidade comum, mas diferenciada, com reconhecimento pleno da constribuição dos países em desenvolvimento, respeitando as suas dificuldades e preocupações específicas".
Os países desenvolvidos devem "aumentar as suas ambições climáticas e ajudar os países em desenvolvimento a acelerar as suas transições" para modelos económicos que não estejam assentes na exploração de combustíveis fósseis, acrescentou.
Recordou que a China se comprometeu a começar a reduzir as suas emissões de gases de efeito de estufa ainda durante esta década e que pretende atingir a neutralidade carbónica antes de 2050, "num espaço de tempo muito mais reduzido do que conseguiria a maior parte dos países desenvolvidos".
Para isso, nos planos quinquenais que orientam a governação do país, estão previstas medidas como a limitação do consumo de carvão para produção de energia.
Xi Jinping afirmou que "proteger o ambiente é proteger e aumentar a produtividade"