Washington - O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira a sua intenção de subir impostos para financiar o programa Medicare, em artigo de opinião publicado no jornal The New York Times.
No seu texto, o democrata realçou que "o Medicare é mais do que um programa governamental", salientando que "é uma garantia sólida como uma rocha com que os norte-americanos têm contado para estar presente para os apoiar quando se reformarem".
O Medicare é um programa federal de assistência na doença a pessoas com 65 anos ou mais e alguns casos específicos.
Biden deve apresentar a sua proposta orçamental na quinta-feira em Filadélfia.
Mas adivinham-se já dificuldades no processo legislativo no Congresso, uma vez que os republicanos controlam a Câmara dos Representantes e a maioria democrata no Senado é escassa.
A proposta para subir a taxa do imposto para a Medicare é subi-la de 3,8% para 5,0% a aplicar aos rendimentos superiores a 400 mil dólares anuais, incluindo salários e ganhos de capital.
O plano também visa fechar o que a Casa Branca descreve como 'buracos' legais, que permitem a algum evitar o pagamento do imposto para o Medicare.
Além dos impostos, Biden tenciona expandir a capacidade do Medicare negociar os custos dos medicamentos, o que aliás já começou com a Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em Inglês), assinada em 2022.
As mudanças visam prolongar a solvabilidade do Medicare até à década de 2050, mais 25 anos do que as estimativas actuais.
Entre outras mudanças previstas na proposta de Biden visam a redução de custos para os beneficiários em medicamentos destinados a combater problemas de saúde, como a hipertensão e o colesterol elevado, e em consultas por doença mental ou problemas de comportamento.