Moscovo - O Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu hoje ao líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que continuará a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que voltou a pedir que "termine rapidamente o derramamento de sangue".
"A Rússia continuará a fornecer bens essenciais à Faixa de Gaza, incluindo medicamentos e equipamento médico", afirmou a presidência, num comunicado divulgado após uma conversa telefónica entre os dois líderes.
Na conversa com o homólogo palestiniano, o líder russo deu conta das medidas tomadas pelo Kremlin para atenuar o conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, informou o Kremlin.
"Tendo em conta os contactos com os líderes dos Estados do Médio Oriente, Vladimir Putin informou sobre as medidas tomadas pela parte russa para facilitar o desanuviamento do conflito e assegurar a entrega ininterrupta de ajuda humanitária aos necessitados", declarou a Presidência russa.
Putin reiterou igualmente o convite a Abbas para visitar a Rússia e manifestou a intenção de reforçar ainda mais as relações russo-palestinianas.
Ambos sublinharam a importância de um rápido cessar do derramamento de sangue em Gaza e da retoma do processo político para a resolução do conflito com base na resolução sobre a criação do Estado palestiniano dentro das fronteiras de 1967.
"Neste contexto, a parte russa manifestou o seu apoio aos esforços envidados pela liderança palestiniana liderada por Mahmoud Abbas", acrescentou a nota.
A Rússia anunciou uma visita antecipada de Abbas em Outubro passado, mas essa viagem foi adiada sem data a pedido da parte palestiniana.
A guerra entre Israel e o Hamas começou em 07 de Outubro, quando o grupo islamita Hamas lançou um ataque em solo israelita, causando, segundo Telavive, mais de 1.200 mortos e quase 240 sequestrados.
Desde o ataque, os mortos nas fileiras do exército israelita chegam a 471 e os feridos a 1.929, dos quais 771 durante a operação militar no enclave palestiniano, segundo dados das forças israelitas.
Por seu lado, a ofensiva militar israelita provocou mais de 20 mil mortos e 53.300 feridos, a maioria dos quais civis e muitos deles crianças e mulheres, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, no poder em Gaza desde 2007. JM