Bruxelas - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou hoje (2) o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que Bruxelas começará em breve a transferir para Kiev os 18 mil milhões de euros prometidos para responder às necessidades financeiras mais urgentes.
"Na minha primeira conversa no novo ano com o Presidente Zelensky transmiti o meu apoio e os meus melhores votos para 2023 ao povo da Ucrânia", disse a líder do executivo comunitário, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
"A União Europeia (UE) está convosco o tempo que for preciso. Apoiamos a vossa luta heróica. Uma luta pela liberdade e contra a agressão brutal", destacou.
Ursula von der Leyen referiu ainda que a UE continua com a sua assistência financeira e indicou que "começará em breve a desembolsar o pacote de apoio de 18 mil milhões de euros, que será transferido em tranches mensais".
De acordo com a proposta da Comissão, e aprovada pelo Parlamento Europeu, a verba destina-se a apoiar serviços públicos essenciais, tais como a gestão de hospitais, escolas e o fornecimento de alojamento a pessoas deslocadas.
A verba será usada também para assegurar a estabilidade macroeconómica e a reparação de infra-estruturas críticas destruídas pela Rússia.
Na mesma conversa telefónica, Von der Leyen lembrou a Zelensky que os 27 do bloco europeu estão a apoiar a Ucrânia neste inverno "com geradores, abrigos e autocarros escolares", em resposta aos ataques russos a infraestruturas energéticas.
A presidente da Comissão anunciou ainda que espera voltar a ver pessoalmente, e em breve, Volodymyr Zelensky na Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de Fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia ainda perdura e as Nações Unidas apresentaram como confirmados desde o início da guerra 6.884 civis mortos e 10.947 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, nomeadamente pela UE que tem respondido com apoio militar, financeiro e humanitário à Ucrânia e com a imposição à Rússia de sanções económicas e políticas sem precedentes.