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PPE pede que Borrell reconheça Urrutia como presidente eleito da Venezuela

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  • Luanda • Quarta, 16 Outubro de 2024 | 19h33
Mapa da fronteira entre a Venezuela e a Calômbia
Mapa da fronteira entre a Venezuela e a Calômbia
Divulgação

Bruxelas - O presidente do Partido Popular Europeu, Manfred Weber, numa carta dirigida hoje ao chefe da diplomacia europeia pediu o reconhecimento de Edmundo González Urrutia como "legítimo Presidente eleito" da Venezuela, missiva também subscrita por quatro eurodeputados portugueses.

Os 36 signatários e eurodeputados da família política do Partido Popular Europeu (PPE) apelam ao Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, a "dar o passo lógico e necessário de reconhecer expressamente Edmundo González Urrutia como o legítimo Presidente eleito da Venezuela, em conformidade com a resolução do Parlamento Europeu de 19 de Setembro de 2024", sobre a situação no país, noticia a Lusa.

Os eurodeputados do PPE  incluindo os portugueses Sebastião Bugalho, Paulo Cunha, Lídia Pereira (todos do PSD) e Ana Pedro (CDS) lembram a Borrell as declarações que proferiu salientando que Nicolás Maduro não ganhou as eleições mas sim o líder da oposição, que entretanto se refugiou em Espanha.

A carta refere ainda que a UE e a comunidade internacional "devem fazer todos os esforços para assegurar uma transição pacífica, de modo a que o presidente legítimo e democraticamente eleito possa tomar posse em 10 de Janeiro de 2025".

Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje que Portugal está a liderar, no contexto da UE, um processo para contribuir para "o respeito pela vontade genuína" dos venezuelanos, "que se quer pacífico", após as eleições presidenciais da Venezuela, contestadas pela oposição.

"No âmbito da UE, estamos a acompanhar, para não dizer mesmo liderar, um processo de contribuição activo para que possa haver um respeito pela vontade genuína do povo", afirmou Luís Montenegro, durante o debate parlamentar preparatório do Conselho Europeu, que decorre entre quinta e sexta-feira em Bruxelas.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de luso-descendentes, realizou eleições presidenciais a 28 de Julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirmou que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos. MOY/AM





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