Brasília - Os eleitos da Câmara dos Deputados e do Senado, as duas casas legislativas do Congresso brasileiro, assumem esta quarta-feira os seus mandatos e elegem as respectivas direcções, um escrutínio que irá definir a coabitação com o governo do presidente Lula da Silva.
Desde antes da posse, Luís Inácio Lula da Silva trabalha para fixar na sua base parlamentar de apoio membros do “centrão” - partidos de centro e direita que formam maioria do legislativo - e decidiu apoiar as recandidaturas dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, nas eleições internas do parlamento.
No geral, o novo parlamento brasileiro tem um perfil conservador dominado pelo centro-direita como o Partido Liberal (PL), União Brasil, Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido Social Democrático (PSD), o Progressistas (PP) e o Republicanos e uma frente de esquerda que apoia o governo, que é minoritária.
O PL de Jair Bolsonaro saiu reforçado nas eleições gerais realizadas em Outubro passado, conseguindo eleger 99 dos 513 deputados federais, contando ainda com 13 senadores (de um total de 81).
Já o Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula da Silva é a segunda força com 68 deputados. As forças de esquerda que apoiam Lula da Silva somam apenas 124 membros na Câmara dos Deputados e formam uma bancada também minoritária no Senado.