Varsóvia - O primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, exortou hoje Donald Trump, que vai iniciar funções enquanto Presidente norte-americano na próxima semana, a dar garantias de segurança concretas à Ucrânia no pós-guerra, noticiou o site Notícias ao Minuto.
"Se todos os 'Donald' tivessem opiniões sobre garantias de segurança, como eu, isto seria bem mais fácil", gracejou Donald Tusk numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Donald Tusk foi questionado sobre a possibilidade de haver militares de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) a patrulhar o território da Ucrânia depois da guerra, sem que a Ucrânia pertença à Aliança Atlântica.
O primeiro-ministro polaco respondeu que isso tem de ser considerado, sem avançar se será o rumo seguido pela Polónia.
O chefe do executivo referiu apenas que a Polónia "fará o seu papel enquanto membro da OTAN".
E previu que os Estados Unidos da América deverão mudar a sua postura quando forem confrontados com a seriedade dos países europeus em proteger a Ucrânia.
"Assim que a próxima administração da Casa Branca vir a nossa seriedade, vai adoptar outra postura", declarou.
O primeiro-ministro polaco enfatizou que depois da guerra, haverá "garantias de segurança concretas" da Polónia na Ucrânia, sem entrar em detalhes.
"Não é assim tão fácil trabalhar nos detalhes desta posição, mas as garantias de segurança no pós-guerra têm de ser sérias", defendeu.
Sobre as ameaças que Donald Trump fez, nomeadamente aumentar os impostos sobre as importações da União Europeia ou a anexação da Gronelândia, território da Dinamarca, o primeiro-ministro da Polónia pediu que não se levasse a sério o que foi dito antes de Donald Trump iniciar funções, mas também pediu que a "União Europeia actue com seriedade". MOY/AM