Naypyidaw - Pelo menos 60 pessoas morreram após a passagem no último domingo do ciclone "Mocha" em Myanmar revelaram nesta terça-feira autoridades regionais e meios de comunicação locais.
Com ventos de até 195 quilómetros por hora, o 'Mocha' passou entre Sittwe, a capital do estado birmanês de Rakhine, e Cox's Bazar, no vizinho Bangladesh.
Vinte e quatro pessoas morreram em Khaung Doke Kar e 17 em Bu Ma, perto de Sittwe, disseram as autoridades locais e residentes à agência francesa AFP.
Treze pessoas morreram quando um mosteiro ruiu no município de Rathedaung, a norte de Sittwe, e uma mulher morreu num município vizinho, informou hoje a emissora estatal MRTV.
"Haverá mais mortes, porque mais de 100 pessoas estão desaparecidas", avisou Karlo, um chefe de Bu Ma.
A última contagem da junta militar, divulgada na segunda-feira, era de cinco mortos e um número não especificado de feridos, segundo a AFP.
O "Mocha", considerado a maior tempestade em mais de uma década na região, também devastou aldeias e campos de deslocados rohingya no estado de Rakhine.
As comunicações estavam a ser lentamente restabelecidas hoje em Sittwe, onde vivem cerca de 150.000 pessoas, à medida que as estradas eram desobstruídas e a Internet restabelecida, relataram jornalistas da AFP.
A China afirmou estar "pronta a fornecer ajuda de emergência em caso de catástrofe", de acordo com uma declaração publicada pela embaixada chinesa em Myanmar na rede social Facebook.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse que estava a tentar confirmar informações sobre vítimas nos campos dos rohingya "para obter uma imagem mais clara da situação".
Em 2008, o ciclone 'Nargis' devastou o delta do Irrawaddy em Myanmar e matou 138 mil pessoas.DSC