Pelo menos 23 mortos e 380 feridos em confrontos em Bagdad

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  • Luanda • Terça, 30 Agosto de 2022 | 09h46

Bagdad - Pelo menos 23 apoiantes do líder xiita Moqtada al-Sadr morreram desde segunda-feira em Bagdade, Iraque, em confrontos que recomeçaram hoje, segundo um novo balanço de uma fonte médica.

O anterior balanço apontava para 15 mortos. Pelo menos 380 pessoas ficaram feridas na violência na denominada Zona Verde, um perímetro considerado ultra-seguro, informou a agência de notícias France-Presse (AFP).

Após uma noite calma, os combates entre os apoiantes de Moqtada al-Sadr, e o exército e os homens de Hashd al-Shaabi, antigos para-militares pró-iranianos integrados nas forças regulares recomeçaram esta manhã.

O disparo de armas automáticas e foguetes ressoaram em Bagdad a partir da Zona Verde, informou a AFP.

Na segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu "contenção" no Iraque e pediu a todas as partes que "tomem medidas imediatas para acalmar a situação", segundo um comunicado do seu porta-voz.

Guterres "acompanha com preocupação as manifestações que acontecem hoje no Iraque, durante as quais manifestantes invadiram edifícios do governo", afirmou Stéphane Dujarric.

Al-Sadr exigiu a exclusão da cena política de todos os partidos que actuam no Iraque desde 2003, como condição para superar a crise que se vive, desde as eleições de Outubro.

O influente clérigo iniciou na segunda-feira uma greve de fome "até que a violência termine" no Iraque, revelou um dos seus porta-vozes.

O primeiro-ministro interino do Iraque, Mustafa al Kadhimi, informou hoje que irá determinar a abertura de uma investigação sobre os disparos, referindo que o uso de munição real contra manifestantes é proibido.

A situação na Zona Verde de Bagdade mantém-se caótica, apesar de decretar do recolher obrigatório, efectivo a partir de segunda-feira.

Desde as eleições de Outubro do ano passado que o Iraque está sem Governo e sem um novo Presidente, depois de o partido de al-Sadr ter vencido, mas com apenas 73 lugares dos 329 do Parlamento.

O partido de al-Sadr tentou uma aliança com outras forças parlamentares para eleger o Presidente e o primeiro-ministro, que ficariam encarregados de formar um Governo, o que acabou por não ser possível, devido ao bloqueio dos opositores xiitas, próximos do regime iraniano.

Os deputados sadristas demitiram-se em bloco, em Junho, mas, perante a eleição de um Presidente e de um primeiro-ministro propostos pelos opositores, os seguidores de al-Sadr ocuparam o parlamento, a 30 de Julho.

A ocupação durou uma semana e, após um apelo do clérigo, os sadristas retiraram-se do parlamento e têm estado acampados em frente ao edifício, para exigir a dissolução da Câmara e novas eleições.





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